Sanofi é indiciada na França pela droga contra epilepsia Depakine
A Sanofi divulgou ontem (04/02/2020) que foi indiciada na França por não avisar adequadamente os pacientes sobre os riscos relacionados ao medicamento para epilepsia Depakine (valproato de sódio), que tem sido associado a defeitos congênitos e ao lento desenvolvimento neurológico quando tomado durante a gravidez. Os promotores iniciaram uma investigação preliminar sobre o assunto em 2016.
Em resposta à medida, Sanofi informou que a acusação permitirá que ela se defenda e "prove que sempre cumpriu com seu dever de informar e ser transparente". A farmacêutica acrescentou que continuaria "cooperando totalmente com as autoridades judiciais" e está "confiante" com o resultado.
Atualmente, a Sanofi está enfrentando uma ação coletiva na França relacionada a Depakine, com cerca de 2000 famílias sendo representadas pela APESAC, uma associação de mulheres francesas que tomaram o medicamento durante a gravidez. Enquanto isso, em 2017, o regulador de medicamentos francês ANSM divulgou descobertas sugerindo que, no período de 1967 a 2016, entre 2150 e 4100 crianças no país nasceram com pelo menos um grande distúrbio congênito após serem expostas no útero a Depakine.
Comentando as últimas notícias, Marine Martin, presidente da APESAC, disse que estava "extremamente satisfeita ao ver os procedimentos criminais que lançou em 2016 atingindo um limiar importante".
Redação DikaJob com informações da NASDAQ
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