Taxa de transmissão da Covid-19 no Brasil vai a 1,01

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O Globo 
Jornalista: Rafael Garcia


04/11/20 - O número de reprodução do coronavírus, o valor R que se refere à taxa de transmissão do vírus, subiu um pouco no Brasil em relação à semana passada e voltou a ficar acima do limiar epidêmico, em 1,01.

Segundo o Centro Global de Análise para Doenças Infecciosas de Londres, que estima o número R para todos os países do mundo, o valor representa uma leve oscilação em relação à semana passada, quando o território brasileiro estava com R em 0,98.

A oscilação está dentro da margem de erro da estimativa, que é feita em cima do número bruto de mortes reportado por cada país. Ela indica, porém, que o país cruzou de novo a linha divisória entre o que seria uma epidemia sustentável ou um surto que caminha para se extinguir.

O valor R representa essencialmente o número de pessoas que cada infectado pelo coronavírus reinfecta. Quando R é igual a 2, cada vítima contaminada com o vírus o transmite para outras duas. Quando está em 1, a epidemia mantém seu tamanho. Quando está abaixo de 1, o surto começa a minguar.

No caso do Brasil, a margem de erro de R coloca a taxa entre 0,92 e 1,09, e indica que o país custa a reduzir as infecções abaixo do limiar epidêmico, ainda que esteja conseguindo frear um aumento da epidemia.

Na previsão de curto prazo do Imperial College para o país, o número diário de mortes deve continuar em cerca de 450 até o final desta semana, sem oscilar muito. O relatório não leva em conta cenários regionais do país, onde estados se encontram em situações diferentes da pandemia.

Na América do Sul, o Brasil e a Colômbia são os únicos dois países com o número de reprodução efetivo estimado acima de 1. O local onde R está maior agora é a Europa, onde Suíça, Itália, Áustria, Itália e Sérvia apresentam a taxa acima de 1,5.

O Imperial College não faz mais previsão de R para os Estados Unidos, que usa como fonte oficial o IHME (Instituto para Avaliação e Métrica da Saúde). A entidade americana, porém, não divulga seus resultados na forma de número de reprodução, mas como infecções previstas. Nesta semana, o IHME estima que 184 mil pessoas estejam sendo infectadas por dia no país. Na ausência de novas medidas de contenção, o número é previsto para subir para 305 mil na virada do ano.

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