Tecnologia e parceiros serão prioridade após pandemia

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Valor Econômico 
Jornalista: Ivan Ryngelblum

25/08/20 - Uma pesquisa feita pela KPMG mostra que muitos diretores-executivos pretendem acelerar a transformação digital e rever o relacionamento com a cadeia global de fornecedores por conta da crise da covid-19, diante das transformações que a pandemia provocou na vida das pessoas e nas atividades das empresas.

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Feito anualmente com representantes de mais de 60 países, o levantamento deste ano, obtido pelo Valor, ganhou um capítulo dedicado aos efeitos provocados pela covid-19 nos negócios. Para esse capítulo específico foram entrevistados 315 executivos de todo o mundo. A maioria dos ouvidos no Brasil (60%) dirige empresas cuja receita ficou entre US$ 1 bilhão e US$ 9,9 bilhões no ano passado e tem ações listadas na B3.

Indagados sobre os principais objetivos estratégicos para lidar com a crise e preparar a empresa para o pós-pandemia, 53% dos executivos brasileiros informaram que vão priorizar investimentos em novas tecnologias e na digitalização de processos, enquanto 47% irão se concentrar na capacitação de seus colaboradores.

Trata-se de um relativo equilíbrio de intenções quando comparado à média global, em que a maioria dos presidentes (67%) informou que dará prioridade aos investimentos de tecnologia.

Segundo o presidente da KPMG no país, Charles Krieck, a pandemia apenas acelerou o processo de digitalização, uma vez que muitas empresas tiveram que rapidamente adaptar processos para conseguir atender os clientes e continuarem operando.

“A covid-19 não foi quem trouxe este tema, mas foi o grande publicitário e acelerador deste assunto”, disse. “Tinha gente um pouco cética quanto à velocidade, a necessidade deste tipo de investimento, mas a pandemia abriu os olhos de bastante gente, porque o comportamento humano mudou efetivamente.”

O relacionamento com fornecedores externos é outro item que a covid-19 tocou. A pesquisa mostra que a maioria dos executivos brasileiros (87%) teve que rever a abordagem, contra 67% da média global.

Krieck destacou que a revisão não significa que os executivos vão se afastar das cadeias globais de valor, mas irão buscar formas de garantir a segurança no fornecimento, de modo a atender de forma mais ágil as mudanças das necessidades dos consumidores.

“O que temos ouvido cada vez mais das empresas é a questão da resistência, de estar preparado para estes tipos de situações, com planos de continuidade mais robustos, e isso pressupõe olhar também para a cadeia de fornecimento”, afirmou o presidente da KPMG no Brasil. “O custo continuará sendo importante [para determinar o fornecimento], mas quando tem a questão da distância e risco de não entrega, como foi o caso com a covid-19, o que vemos dentro da questão da cadeia é não ficar dependente só de um fornecedor.”

Sobre as perspectivas de crescimento da economia brasileira nos próximos três anos, 40% responderam estarem confiantes ou muito confiantes, enquanto outros 40% afirmaram não estarem confiantes. O restante indicou estar “neutro”. No mundo, 45% demonstrou algum grau de otimismo e 29% de pessimismo.

“O fato de estarmos em um país em desenvolvimento, com uma economia em maturação e troca de governos constantes, isso tudo traz incerteza”, disse Krieck. “Mas estamos com inflação e juros sob controle, estamos vendo recordes de IPO [oferta pública inicial de ações]. Têm vários sinais positivos na economia que mostram que o futuro será melhor.”

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