Terapias com anticorpos reduzem internações

Tratamento para coronavírus: o que são os anticorpos monoclonais, possível alternativa até que se encontre a vacina contra covid-19 - BBC News Brasil

Correio Braziliense

Dois estudos científicos indicam que os tratamentos com anticorpos são um caminho promissor para o combate ao novo coronavírus. Em ambos, as terapias mostraram grande eficácia em pacientes com alto risco de hospitalização, reduzindo as internações em até 87%.

Uma das pesquisas, ainda com resultados provisórios, vem sendo desenvolvida pela farmacêutica britânica GSK em parceria com a empresa californiana Vir Biotechnology. De acordo com um comitê independente, o estudo, com a participação de 583 pessoas, mostrou uma queda de 85% nas hospitalizações e mortes em pacientes tratados com o anticorpo monoclonal VIR-7831, em comparação com aqueles que receberam um placebo.

Diante desses resultados, os dois grupos planejam buscar a aprovação nos Estados Unidos e em outros países. As duas empresas farmacêuticas também anunciaram que um novo estudo in vitro mostrou que o VIR-7831 continua sendo eficaz contra novas variantes da covid-19 atualmente em circulação, originadas no Reino Unido, África do Sul e Brasil.

“Esses dados tão animadores (...) nos aproximam um pouco mais de poder levar uma nova solução eficaz para pacientes do mundo todo”, afirmou o CEO da Vir, George Scangos. “Queremos pôr o VIR-7831 à disposição dos pacientes o mais rápido possível e continuar explorando seu potencial em outros ambientes”, acarescentou Hal Barron, diretor científico e presidente de Pesquisa e Desenvolvimento da GSK.


Combinação

O outro estudo envolveu uma combinação de dois anticorpos sintéticos da empresa farmacêutica norte-americana Eli Lilly. No ensaio clínico de fase 3, a redução de hospitalizações e mortes foi um pouco superior e alcançou 87% em testes com pacientes com covid-19 de alto risco.

Os pesquisadores acompanharam 769 pessoas, com idade a partir de 12, com diagnóstico de covid-19 leve a moderado, mas que foram consideradas de alto risco devido à idade ou condições subjacentes. Entre elas, 511 receberam o tratamento combinado, licenciado para uso de emergência nos Estados Unidos. Para as outras 258, foi dado placebo.

No primeiro grupo ocorreram quatro internações e nenhum óbito. Entre os que foram “tratados” com placebo, morreram quatro pessoas e 11 foram internadas.

Os novos resultados se somam aos dados divulgados pela empresa em janeiro, com diferentes níveis de dosagem para os dois anticorpos, que também haviam apresentado uma redução drástica no risco.
A eficácia foi alcançada com 700mg do anticorpo bamlanivimab e 1.400mg de etesevimab, enquanto os dados relatados anteriormente usaram uma combinação de 2.800mg de cada.

“Os resultados consistentes observados neste ensaio, mesmo com o surgimento de novas cepas, indicam que bamlanivimab com etesevimab mantêm seus efeitos contra uma diversidade de variantes”, disse Daniel Skovronsky, diretor científico da empresa.

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