Teste para Covid-19 já provoca competição

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Valor Econômico

Jornalista: Beth Koike

 

 

02/02/20 - Um dia após a Dasa anunciar que realizaria exame para detecção do novo coronavírus em domicílio no país, laboratórios de medicina diagnóstica concorrentes também passaram a ofertar o teste na casa dos pacientes. Com isso, já surge uma disputa de preços no setor.

 

No Hermes Pardini, o exame tem um custo de R$ 180 e o resultado fica pronto em até dois dias úteis. A Alliar, segundo fontes, começa a realizar testes em domicílio com diagnóstico em um dia útil por R$ 249. Já a Dasa, que libera o diagnóstico também em 24 horas, cobra R$ 280. No Sabin, o custo do exame é de R$ 350 e o resultado é revelado em um dia quando a coleta de sangue é feita em Brasília. Nas demais regiões, o prazo é de três dias.

 

Atualmente, os planos de saúde não são obrigados a cobrir o teste diagnóstico para Covid-19. No entanto, segundo fontes, representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Ministério da Saúde e operadoras devem ter uma reunião em breve para discutir sobre a possibilidade de inclusão do teste no rol de procedimentos obrigatórios. O tema seria debatido quarta-feira passada, mas foi adiado devido à coletiva de imprensa agendada nessa data pelo Ministério da Saúde para reportar o primeiro caso positivo do novo coronavírus no Brasil.

 

“Eventual incorporação extraordinária no rol de procedimentos deve ser amplamente discutida pelo corpo técnico da reguladora, demais atores do setor e autoridades de saúde competentes”, informa nota da ANS, que faz as inclusões dos procedimentos a cada dois anos. Mas, em 2016, com o surto do vírus Zika, a agência reguladora fez uma inclusão extraordinária para que os exames de detecção dessa doença passassem a ser cobertos.

 

Com a divulgação do primeiro caso positivo no Brasil, na quarta-feira, a demanda pelos exames aumentou consideravelmente. No Sabin, por exemplo, entre os dias 18 e 26 de fevereiro, apenas dois pacientes tinham realizado o teste. Mas, atualmente, a demanda é de cerca de três exames por dia. “Com o aumento dos casos suspeitos, decidimos realizar os testes em domicílio para evitar focos de contaminação nos hospitais”, disse Rafael Jácomo, diretor técnico do Sabin.

 

Diante da demanda maior, as ações das companhias que ofertam exames ou desenvolvem terapias e vacinas contra a nova mutação do vírus tiveram valorização tanto nas bolsas do Brasil quanto dos Estados Unidos.

 

Os papéis do Fleury, laboratório que processa exames do novo coronavírus para hospitais, fecharam o pregão de sexta-feira com alta de 4,17% na B3. As ações da Dasa subiram 4,48%.

 

Já Hermes Pardini e Alliar tiveram queda de 0,07% e 3,13%, respectivamente. A informação de que as duas companhias vão ofertar o exame só começou a circular na sexta-feira à tarde, ao contrário de Fleury e Dasa que já comunicaram na quinta-feira.

 

Em Nova York, as maiores altas na sexta-feira foram registradas nas empresas desse segmento. As ações da Novavax terminaram o dia com valorização de 35,6% após a empresa anunciar que está avançando nos esforços para desenvolver uma nova vacina para proteger contra a infecção de Covid-19.

 

A CytoSorbents, que desenvolve terapias imunológicas, registrou valorização de 15%. As ações da Tomi Environmental dispararam 61,18% no OTC (sigla em over-the-counter), que é um mercado de títulos não regulamentados ou não cotados pelas regras da bolsa de valores. (Com Dow Jones)

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