Marca passa por reposicionamento para se comunicar com público mais jovem, mas imagem de fundador continua em outros espaços
Por Victor Sena | Exame
Entre as redes de farmácia do Brasil, a Ultrafarma apostou nos últimos 21 anos em associar a imagem de seu fundador, Sidney Oliveira, com a marca.
A ideia no início era dar credibilidade à rede que apostava nos medicamentos genéricos, que no início da sua popularização passavam por preconceitos. Na época, a marca precisava passar confiabilidade.
"O senhor Sidney, com uma postura de inovação, fez uma aposta de comprar essa briga, de se colocar a favor desses medicamentos. Ele dizia por exemplo, que você não sabia quem era o dono da marca X ou Y, mas dizia que você sabia quem era o dono da Ultrafarma: 'Olha, eu estou aqui e estou dando a minha cara a tapa'", explica Glaucia Saffa, diretora de marketing da empresa.
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Duas décadas depois, o momento agora é outro: a empresa percebeu que seu público é composto por pessoas jovens, principalmente no mercado digital, e decidiu apostar em uma modernização da marca. Para isso, retirou a imagem de Sidney Oliveira e mudou a tipografia.
A diretora de Marketing, porém, destaca que Sidney Oliveira será reposicionado. Ele sai da marca, mas não das estratégias de marketing das empresas.
"Nós percebemos que tínhamos um branding tão valioso, e por ser tão valioso, ele vive sozinho, independentemente de qualquer coisa. A gente entende que a marca já tem um peso que consegue ficar sozinho. A gente percebe isso pela assinatura, que é 'Tá no coração da gent', que as pessoas percebem'. O objetivo não é tirar a imagem dele. Nos ja tivemos discussões de como tirar e onde ela deve estar. O que nós estamos fazendo é ampliando. A imagem dele não some, não, apenas sai da marca."
Nas lojas físicas, as mudanças devem acontecer de forma gradual, mas o e-commerce da marca já foi reposicionado.
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