Os testes serão feitos em 30 mil voluntários em 10 países - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Os testes serão feitos em 30 mil voluntários em 10 países - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

A intenção do laboratório canadense é recrutar pessoas com mais de 18 anos e que residam na capital federal. O cadastro pode ser feito pelo site do Instituto de Pesquisas Clínicas L2iP até o fim de junho

by Samara Schwingel | Correio Braziliense Online

O laboratório produtor da vacina canadense contra a covid-19, o Medicago, abriu, no Distrito Federal, por meio do Instituto de Pesquisas Clínicas L2iP, inscrições para voluntários para a fase de testes do imunizante. A intenção é recrutar pessoas com 18 anos ou mais, que residam no DF, e iniciar o processo na próxima semana.

O cadastro pode ser feito pelo site do instituto e o projeto receberá pacientes até o fim de junho. De acordo com o médico e diretor do L2iP, Eduardo Freire, os interessados não podem ter tido contato com o vírus da covid-19, não podem ter se vacinado com outros imunizantes e não podem ter doenças autoimunes ou fazer uso de corticoides. “É uma vacina experimental. Em todo o mundo serão 30 mil voluntários em 10 países”, diz.

No Brasil, 10 centros de pesquisa poderão realizar os testes e, no total, 5 mil pessoas serão selecionadas. “Cada laboratório poderá selecionar quantas pessoas conseguir abranger até completarmos 5 mil. Aqui, no DF, já tivemos bastantes inscrições”, revela Freire.

Segundo ele, a vacina canadense funciona em esquema de duas doses, com intervalo de 21 dias e o estudo será feito com metade dos pacientes recebendo a vacina e, o restante, o placebo. “Nós e os pacientes não saberemos, no entanto, o que foi aplicado em cada um”, completa Freira. O estudo deve durar de quatro a seis meses.

Anvisa
No Brasil, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para um ensaio clínico ser autorizado é necessário atender a quatro aspectos principais: (1) dados de segurança; (2) delineamento do estudo proposto; (3) dados de produção e controle de qualidade; e (4) boas práticas clínicas. Os dados de segurança devem ter sido gerados em estudos anteriores, para garantir a segurança da respectiva vacina, e são checados pela equipe responsável pelas análises.

Em agosto do ano passado, pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e do Hospital Universitário de Brasília (HUB) realizaram os testes da fase 3 da CoronaVac/Sinovac em 943 profissionais de saúde da capital federal. Em outubro, idosos também puderam se inscrever para participar dos testes.

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