Vacinar população é mais barato que prolongar auxílio, diz BC

Folha de S.Paulo, notícia também publicada em O Globo

Jornalista: Larissa Garcia

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, nesta terça (15), que vacinar a população é mais barato que prorrogar os programas emergenciais do governo de enfrentamento à pandemia da Covid-19.

Segundo ele, não há espaço fiscal para prolongar os gastos públicos.

“Há um foco nas vacinas, em quem vai conseguir antes e a logística, o mercado está focado nisso também”, disse no evento virtual GZero LatAm Forum 2020, promovido pela Eurasia Group e transmitido pela B3.

O presidente do BC afirmou que não há espaço fiscal para prolongar gastos públicos.

“Entre os emergentes ficamos melhores, mas gastamos mais. Tivemos melhora nas previsões para a queda da atividade econômica, antes era de 10%, agora está entre 4% e 4,2%. Quando observamos a dívida pública e o risco, nos perguntamos, vale a pena?”, questionou Campos Neto.

Segundo ele, os gastos com a pandemia foram necessários, mas é necessário passar a mensagem ao mercado de que há intenção de retorno à austeridade fiscal, ou haverá piora no perfil da dívida.

Bolsonaro descarta mais benefício e quer reforçar Bolsa Família

brasília | reuters O presidente Jair Bolsonaro disse que não haverá prorrogação do auxilio emergencial e nem a criação de um novo programa de distribuição de renda e afirmou que a ideia é “aumentar um pouquinho” o Bolsa Família.

O presidente aproveitou para dizer que o auxílio pago a vulneráveis por causa da crise provocada pela Covid-19 tem caráter emergencial e argumentou que o país possui uma capacidade de endividamento e não pode se “desequilibrar”.

“Quem falar em Renda Brasil eu vou dar cartão vermelho, não tem mais conversa”, disse Bolsonaro em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, da TV Band, em referência ao programa que o governo tinha a intenção de criar para substituir o Bolsa Família.

“Auxílio é emergencial, o próprio nome diz: é emergencial. Não podemos ficar sinalizando em prorrogar e prorrogar e prorrogar”, disse o presidente, acrescentando que “acaba agora em dezembro”.

Ao deixar claro que o foco estará no Bolsa Família, Bolsonaro afirmou que tem falado para a equipe econômica: “Vamos tentar aumentar um pouquinho isso aí”.

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