Vacinas são eficazes contra variante

O Estado de S.Paulo

Especialistas da União Europeia chegaram à conclusão de que as vacinas atuais contra o coronavírus permanecem eficazes contra a nova variante da covid-19 detectada em particular no Reino Unido, anunciou o governo alemão neste domingo, 20.

 

"De acordo com tudo o que sabemos até o momento e após discussões que ocorreram entre especialistas das autoridades europeias, a nova cepa não tem impacto sobre as vacinas, que permanecem igualmente eficazes", declarou o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, cujo país atualmente ocupa a presidência rotativa da UE.

 

O principal conselheiro científico do Reino Unido, Patrick Vallance, disse ao The Washington Post que o "vírus se espalhou" após ser observado por meses. "E está se movendo rapidamente, o que levou a um forte aumento nas hospitalizações", disse ele.

 

O cientista continuou dizendo, porém, que o surto da nova cepa "é controlável e há luz no fim do túnel com a vacinação iniciada".

 

Segundo uma fonte do ministério da Saúde, em conversa com a agência France Press, os analistas da UE analisaram a situação neste domingo junto com representantes da autoridade alemã de vigilância sanitária (RKI).

 

Nova cepa é mais transmissível

A nova cepa do SARS-CoV-2, vírus que causa a covid-19, é considerada potencialmente 70% mais transmissível do que a anterior e foi observada especialmente no Reino Unido. Ela foi detectada pela primeira vez no sudeste da Inglaterra em setembro e está rapidamente se tornando a cepa dominante em Londres e outras regiões do país. Especialistas disseram, no entanto, que não parece mais mortal ou mais resistente às vacinas.

 

Há algumas semanas, a nova cepa era associada a apenas 10% ou 15% dos casos de covid-19 em algumas áreas britânicas; agora, a variante é responsável por 60% dos casos em Londres, segundo o The Guardian. Os cientistas, no entanto, ainda não conseguiram apontar por que essa mutação do vírus se espalha mais rápido.

 

Autoridades sanitárias em diversos países haviam anunciado há meses que o novo coronavírus poderia sofrer mutações e era preciso manter as medidas de proteção para evitar a propagação da doença. A professora de microbiologia da Universidade de Cambridge Sharon Peacock, diretora do Covid-19 Genomics UK Consortium, destacou que milhares de mutações no coronavírus foram identificadas desde seu surgimento. "O grande número (de mutações) não tem impacto", disse ela ao The Washington Post. "As mutações fazem parte da vida natural."

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