Drogas: história, tipos, efeitos e consequências


O homem sempre se relacionou de forma íntima com a natureza, o que o levou a conhecer as diversas propriedades presentes nas plantas.

As drogas são utilizadas pelo homem, há séculos, para o tratamento de enfermidades ou para alterar o estado da mente. Inicialmente, eram retiradas da natureza, e as folhas secas eram o principal recurso no tratamento de doenças. Atualmente, muitas dessas drogas são sintetizadas em laboratórios.

→ História da droga

O homem sempre se relacionou com a natureza em busca de alimentos e, dessa forma, foi conhecendo outras propriedades das plantas que iam além da saciedade. O uso de substâncias psicoativas pelo homem remonta à Antiguidade. As adversidades do ambiente estimulavam o consumo de algumas plantas com propriedades psicoativas para aliviar o cansaço e fome, por exemplo.

Muitas plantas também eram utilizadas em alguns rituais religiosos como forma de cura. O alimento utilizado durante as cerimônias de comunhão era chamado de phármakon. Atualmente, esse termo está presente na terminologia médica (fármaco, medicamento).

No entanto, com o passar do tempo, muitas dessas substâncias passaram a ser proibidas. Assim, o consumo delas está relacionado não apenas a propriedades farmacológicas, mas também à cultura das populações. Nos dias atuais, muitas substâncias, embora apresentem propriedades farmacológicas importantes, são proibidas em diversos países por estarem associadas à marginalidade ou terem seu consumo associado apenas ao uso recreativo.

Em outra via, existem diversas substâncias legalizadas, comprovadamente prejudiciais, como o álcool e tabaco, que são vendidas de maneira bastante acessível à toda população. Vale lembrar que, no Brasil, a venda de bebidas alcoólicas e cigarros é proibida a menores de 18 anos. O álcool chegou a ter seu consumo proibido nos Estados Unidos entre os anos de 1919 e 1933, no entanto, hoje é legalizado.

→ Significado da palavra droga

A palavra droga, provavelmente, tem origem francesa (drogue) ou holandesa (droog) e, como dito anteriormente, referia-se às folhas secas utilizadas nos tratamentos de doenças. A palavra drogariatambém possui a mesma origem, no entanto, antigamente, o local onde esses produtos, que também incluíam os de origem animal, eram comprados chamava-se botica.

Qualquer substância utilizada que altera as funções do organismo, causando algum efeito.

Atualmente, as drogas referem-se não apenas às substâncias utilizadas no tratamento de doenças, tampouco apenas às substâncias de origem natural. As drogas podem ser definidas como:

→ Tipos de drogas

As drogas podem ser classificadas de diversas formas de acordo com a sua origem, os efeitos produzidos no sistema nervoso central, o ponto de vista legal, entre outros aspectos. A seguir, descreveremos algumas dessas classificações.

1. De acordo com a origem:

  • Naturais: são extraídas da natureza, como a maconha e o tabaco.
  • Sintéticas: quando são produzidas em laboratório, não apresentando substâncias naturais em sua composição. É o caso do ecstasy, também conhecido como “bala”.
  • Semissintéticas: são produzidas em laboratório, mas contêm substâncias naturais em sua constituição. Um exemplo é a heroína, produzida a partir do ópio, proveniente da papoula.

2. De acordo com o ponto de vista legal:

  • Legal: quando sua venda e consumo são liberados. No entanto, podem ocorrer algumas restrições para venda. É o caso, por exemplo, da venda de medicamentos apenas com receitas médicas.
  • Ilegal: quando a sua venda e seu consumo são proibidos, assim, tanto o consumidor quanto quem comercializa a droga estão sujeitos a sanções penais. É o caso da maconha, cocaína, entre outras.

3. De acordo com os efeitos produzidos no sistema nervoso central:

  • Depressivas: diminuem as atividades no cérebro, com isso o indivíduo sente sono, diminuição da atenção, perda de reflexo, entre outros efeitos. Exemplos de drogas depressivas são os medicamentos anestésicos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, analgésicos, álcool, solventes, ansiolíticos, entre outros
  • Estimulantes: agem aumentando as atividades cerebrais, deixando o indivíduo em estado de alerta e agitado. São exemplos dessas drogas a anfetamina, a cocaína, o café, o guaraná, entre outras.
  • Perturbadoras: afetam o funcionamento do sistema nervoso central e têm efeitos diversos, como a perda dos sentidos, alucinações, entre outros. São exemplos dessas drogas a maconha, as drogas sintéticas (como o ecstasy e o LSD), entre outras.

→ Efeitos da droga no cérebro

As drogas podem ser benéficas, como é o caso das usadas no tratamento de enfermidades, no entanto, podem causar diversos prejuízos ao organismo, seja pelo uso incorreto dessas substâncias, seja pelo uso das chamadas drogas de “abuso” ou “recreativas”.

As drogas de abuso ou recreativas são drogas sem função terapêutica e utilizadas de forma, muitas vezes, descontrolada pelo ser humano, podendo causar diversos prejuízos ao organismo. São exemplos de drogas de abuso ou recreativas o álcool, o cigarro, a cocaína, entre outras.

Os efeitos que as drogas causam no cérebro, ou no sistema nervoso central, de forma geral, estão relacionados, principalmente, com a sua ação sobre os neurotransmissores. Os neurotransmissores moléculas presentes nas vesículas pré-sinápticas neurais, atuando na resposta inibitória ou excitatória entre os neurônios. Muitas drogas atuam de forma a aumentar o tempo de ação de alguns neurotransmissores, dando, assim, uma sensação de prazer ao consumidor.

No entanto, como o passar do tempo, o sistema nervoso necessitará de uma quantidade maior dessas substâncias para que se obtenha o mesmo resultado, causando o que conhecemos por dependência química. Assim, o usuário passará a consumir uma quantidade maior da droga, até que não consiga mais reduzir esse consumo, devido aos efeitos que sentirá em seu sistema nervoso. Esses efeitos são conhecidos, popularmente, como crise de abstinência.


A dependência química afeta as relações do indivíduo, e esse precisa de tratamento adequado para ter novamente qualidade de vida.

→ Consequências do uso de drogas na família

A dependência química faz com que o indivíduo esteja sempre em busca do consumo da droga, o que pode afetar suas relações profissionais, afetivas e familiares. O dependente químico, muitas vezes, não consegue mais trabalhar, relacionar-se, o que faz com que muitas famílias acabem sendo desestruturadas.

É importante destacar que o dependente químico não deve ser marginalizado, ele deve ser tratado como um indivíduo que precisa de ajuda para que, com tratamento adequado, possa retomar a sua qualidade de vida.

Fonte: UOL

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