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Os novos estudos que abordam o câncer em órgãos genitais e urinários, especialmente de próstata e rim, apontam uma tendência a buscar a combinação de terapias, o tratamento personalizado e foco na qualidade de vida do paciente. Médico oncologista e um dos fundadores do Instituto Vencer o Câncer, Fernando Maluf diz que as abordagens mais atualizadas têm um refinamento em relação às técnicas utilizadas nos últimos anos e colocam como proposta que o tratamento se adapte ao paciente, e não o contrário.

“Há, claramente, um avanço nas pesquisas de marcadores para selecionar qual é o melhor remédio para cada paciente, qual é o melhor tratamento da doença localizada, se deve-se operar, irradiar ou observar o caso de câncer de próstata.

Também sobre ter parâmetros além dos químicos, ter parâmetros moleculares que vão nos dizer qual é o comportamento do tumor e ao que ele é resistente ou sensível.

Tem ainda o desenvolvimento de novas formas de imunoterapia e o reconhecimento de estratégias que envolvam a combinação de remédios com ações diferentes, como imunoterapia e remédios antiangiogênicos (que impedem a formação de vasos que nutrem o tumor), imunoterapia e quimioterapia, imunoterapia e drogas biológicas.”

Novidades na área foram discutidas no Simpósio Genitourinário da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), realizado no mês passado, e abrem novas perspectivas para o tratamento da doença, inclusive em pacientes que não apresentaram sucesso com algumas terapias.

Esse é o caso do estudo Aramis, que avaliou a Darolutamida, uma droga que ainda não está disponível no Brasil, em pacientes com câncer de próstata ainda sem metástases, mas que são resistentes ao tratamento hormonal, que bloqueia a testosterona. “Esse é um estudo que foi feito com mais de 1.500 pacientes da doença, nos quais já havia falhado cirurgia ou radioterapia, ou as duas, que a doença já havia progredido para um tratamento hormonal e aumentado. A gente viu que o tratamento com Darolutamida postergou o tempo para metástase ou morte em mais de dois anos, em tempo médio comparado com placebo.

Além disso, diminuiu a chance de progressão da doença metastática ou de morte secundária à doença também em um porcentual bastante alto dos pacientes, na ordem de 59%, e a diminuição da morte global foi de 29%.
A diminuição do risco do aparecimento de metástase com dor foi de 35%.” Ao evitar as metástases, o tratamento também consegue neutralizar um de seus principais sintomas, que é a dor, algo que compromete a qualidade de vida do paciente.

Ainda referente ao câncer de próstata, que de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) é o segundo mais comum entre homens no Brasil e com estimativa de cerca de 68 mil casos por ano (2018), os resultados finais do estudo Latitude, publicado em 2017 no periódico New England Journal of Medicine, foram apresentados.

O foco eram pacientes com a doença metastática avançada que foram tratados com a combinação de castração hormonal, que é a redução de testosterona no organismo, via testítulo e glândula adrenal, que também atua na produção do hormônio. “O estudo mostrou que a castração hormonal, que é a baixa da testosterona, juntamente com outro anti-hormônio, chamado abiraterona, foi superior a só a castração hormonal pura, que é a diminuição do nível de testosterona.

Essas duas medicações – a injeção para baixar a testosterona via testículo e o comprimido para baixar a testosterona via glândula adrenal – são superiores em relação a só a diminuição da testosterona via testicular em termos de sobrevida global.”

Fonte: UOL

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