Variedade - MERCADO - DikaJob2024-03-29T15:19:53Zhttps://dikajob.com.br/profiles/blogs/feed/tag/VariedadeEstudo canadense investiga se variedade específica de maconha pode proteger contra o coronavírushttps://dikajob.com.br/profiles/blogs/estudo-canadense-investiga-se-variedade-especifica-de-maconha-pod2020-05-11T14:00:00.000Z2020-05-11T14:00:00.000ZDikajob Newshttps://dikajob.com.br/members/Dikajob<div><p><a href="http://www.dikajob.com.br"><img src="https://s2.glbimg.com/gtq3VAlMFLw0pgp9tCnpI6cnBgI=/0x0:5472x3648/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/0/2/vLr8dcQAGHWNXTOHIBOw/rick-proctor-pgc9vid8o24-unsplash.jpg?profile=RESIZE_710x" width="600" class="align-full" alt="rick-proctor-pgc9vid8o24-unsplash.jpg?profile=RESIZE_710x" /></a></p>
<p><span style="font-size:8pt;">Folhas da planta cannabis sativa, conhecida como maconha, que dá origem ao canabidiol — Foto: Unsplash</span></p>
<p></p>
<p></p>
<p><span style="font-size:14pt;"><strong>Na busca por uma vacina ou medicamento contra o novo coronavírus, cientistas canadenses pesquisam variedades medicinais específicas da Cannabis que poderiam bloquear a penetração do Sars-cov-2 - os estudos ainda estão em fase de aprovação.</strong></span></p>
<p></p>
<p><img src="https://s2.glbimg.com/N_tlLSNKeW-4BeBV-W2BSppZ3N8=/48x48/smart/filters:strip_icc()/s2.glbimg.com/JInmNEuQ1XuvpzCoVX926PPggkk%3D/200x0/filters%3Aquality%2870%29/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2016/I/7/WLv6J7Tr2soveXjEP66g/dw-150x150.jpg" alt="TOPO" /></p>
<p><span style="font-size:10pt;">Cientistas canadenses supõem que variedades medicinais da Cannabis sativa bloqueiem a penetração do Sars-cov-2. Seus resultados partem de pesquisas sobre tratamento de câncer e artrite, e necessitam validação independente.</span></p>
<p><span style="font-size:10pt;">A lista de medicamentos promissores já tem alguns candidatos entre os cientistas que avançam na busca por tratamentos menos ortodoxos.</span></p>
<p><span style="font-size:10pt;">Um deles é o Remdesivir, originalmente desenvolvido para o tratamento do ebola. Na Alemanha, transcorrem os primeiros testes clínicos de uma vacina da covid-19, usando um produto criado para a imunologia do câncer. Um realizado na França indica que a nicotina – o alcaloide inalado durante a distração, frequentemente letal, do fumo – talvez proteja contra o novo vírus.</span></p>
<p><span style="font-size:10pt;">E agora parte do Canadá a informação de que determinados princípios ativos da maconha também podem ter um efeito análogo ao da nicotina, elevando a proteção das células contra o coronavírus. No entanto o estudo ainda não foi submetido a avaliação independente por outros pesquisadores (peer review), que constitui uma espécie de selo de qualidade nos meios científicos.</span></p>
<p><span style="font-size:10pt;"> <ins class="adsbygoogle" style="display:block;text-align:center;"></ins>
</span></p>
<p><span style="font-size:12pt;"><strong>Princípio ativo</strong></span></p>
<p><br /> <span style="font-size:10pt;">Segundo revelou à DW Igor Kovalchuck, professor de ciências biológicas da Universidade de Lethbridge, os resultados relativos à Covid-19 se originam em pesquisas sobre a artrite, Morbus Crohn, câncer e outras enfermidades. Em artigo no site Preprints.org, ele e sua equipe sugerem que alguns componentes químicos da uma variedade especialmente desenvolvida de cannabis reduziriam a capacidade do vírus de chegar até as células pulmonares, onde se instala, reproduz e propaga.</span></p>
<p><span style="font-size:10pt;">Para ocupar uma célula hospedeira humana, o Sars-cov-2 necessita um receptor, a enzima conversora da angiotensina 2 (ECA2), que se encontra no tecido pulmonar, na mucosa bucal e nasal, nos rins, testículos e trato digestivo. Sem essa enzima, o patógeno não tem como penetrar.</span></p>
<p><span style="font-size:10pt;">A teoria de Kovalchuck é que canabinoides modificariam os níveis de ECA2 nesses "portais", tornando o hospedeiro humano menos vulnerável ao vírus e essencialmente reduzindo o risco de infecção.</span></p>
<p></p>
<p><span style="font-size:12pt;"><strong>Erva controversa</strong></span></p>
<p><br /> <span style="font-size:10pt;">Diversos médicos indicam a cannabis medicinal para o tratamento de afecções que vão da náusea à demência. No entanto, ela é diferente da erva utilizada como droga recreativa, a qual se destaca pela alta concentração de tetra-hidrocanabinol (THC), seu principal princípio psicoativo.</span></p>
<p><span style="font-size:10pt;">Em contrapartida, os pesquisadores canadenses se concentraram em cepas da espécie Cannabis sativa com um alto teor de canabidiol (CBD), um canabinoide anti-inflamatório. Eles cultivaram mais de 800 dessas variantes da maconha, identificando 13 extratos que seriam capazes de modular as taxas da ECA2.</span></p>
<p><span style="font-size:10pt;">"Nossas variedades têm uma alta taxa de CDB ou uma taxa equilibrada de CBD/THC, para que se possa ministrar uma dose mais alta sem que os pacientes sejam afetados pelas propriedades psicoativas do THC", explica Kovalchuck.</span></p>
<p><span style="font-size:10pt;">Ele dirige a firma Inplanta juntamente com Darryl Hudson, formado pela Universidade de Guelph, em Ontário, onde também se pesquisa o emprego de canabinoides na medicina. Porém "ainda é difícil" obter financiamento para esse tipo de pesquisa, comenta Kovalchuck, e não só no Canadá.</span></p>
<p><span style="font-size:10pt;">Segundo cientistas do Reino Unido, tanto a opinião pública quanto a política têm uma visão equivocada da cannabis medicinal. Além disso, os médicos temem que os cidadãos se tornem dependentes ou tentem se automedicar, utilizando qualquer variedade da erva que tenham a à disposição.</span></p>
<p><span style="font-size:10pt;">"Diante da volatilidade sociopolítica do consumo medicinal de cânabis, os pesquisadores têm que ser especialmente cuidadosos com a divulgação de seus resultados", alerta Chris Albertyn, diretor do setor de pesquisas do King's College London e especialista em canabinoides e demência.</span></p>
<p> <ins class="adsbygoogle" style="display:block;text-align:center;"></ins>
</p>
<p><span style="font-size:12pt;"><strong>Em busca de validação</strong></span></p>
<p><br /> <span style="font-size:10pt;">Certo está que sem financiamento suficiente e aprofundamento das pesquisas, não haverá o conhecimento necessário sobre os canabinoides, adverte Kovalchuck. Mas "pelo menos agora há um interesse difundido", e ele está seguro que está ocorrendo uma mudança de postura.</span></p>
<p><span style="font-size:10pt;">Embora admitindo que mesmo seus extratos de cannabis mais potentes necessitam de validação científica abrangente, Kovalchuck e seus coautores asseguram que o canabidiol pode ser um "complemento seguro" no tratamento da Covid-19 – paralelamente a outros métodos, frisam os cientistas.</span></p>
<p><span style="font-size:10pt;">Assim, até uma avaliação conclusiva, a maconha medicinal poderá desenvolver-se como um "tratamento preventivo de fácil aplicação", análogo, por exemplo, aos antissépticos bucais no uso clínico ou doméstico.</span></p>
<p></p></div>