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Inteligência artificial já é melhor que médicos para detectar câncer de mama (Foto: Reprodução Nature/Google Health)

Em testes, proporção de casos que passaram despercebidos diminuiu 9,4% quando o dispositivo foi utilizado

REDAÇÃO GALILEU

Enquanto os testes para uma vacina que poderia prevenir o câncer de mama não são concluídos, os médicos têm uma notícia boa acerca da prevenção da doença. Pela primeira vez, a inteligência artificial superou os profissionais da saúde na detecção de possíveis tumores, o que pode mudar a forma com que lidamos com o câncer de mama.

O mecanismo foi desenvolvido por pesquisadores da Google Health e testado em mulheres na Grã Bretanha e nos Estados Unidos. Segundo o estudo publicado pela Nature, o dispositivo identificou 5,7% de falsos diagnósticos a mais que os médicos nas pacientes norte-americanas, enquanto entre as britânicas essa taxa foi de 1,2%.

lém disso, a inteligência artificial conseguiu realizar diagnósticos positivos que os médicos haviam deixado passar — mesmo sem ter acesso ao histórico das pacientes. Enquanto nos Estados Unidos a proporção de casos que passaram despercebidos diminuiu 9,4%, na Grã Bretanha essa taxa foi de 2,7%.

"Quanto mais cedo você identifica um câncer de mama, melhor é para a paciente", disse Dominic King, líder britânico da Google Health, à AFP. "Pensamos nessa tecnologia de uma maneira que apóia e permite que um especialista, ou um paciente, em última instância, obtenha o melhor resultado de qualquer diagnóstico que eles tenham."

Especialistas da área já desenvolvem tecnologias do tipo há anos. Inclusive, em maio de 2019, uma equipe do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) criou um mecanismo capaz de prever o câncer de mama até 5 anos antes do desenvolvimento da doença.

O intuito desses profissionais, entretanto, não é substituir os profissionais da saúde, mas otimizar seu trabalho. Isso porque hoje o câncer de mama é diagnosticado após as mamografias serem avaliadas por dois médicos diferentes, o que demanda tempo.

Com a inteligência artificial, os especialistas acreditam que esse método pode mudar. A ideia é que a primeira análise seja realizada por um médico e a segunda pela máquina. Caso os resultados obtidos sejam diferentes, outro profissional da saúde avaliaria os exames de imagem.

A equipe de King estima que isso reduziria em até 88% a carga de trabalho dos profissionais que avaliam mamografias. "Ache um país onde você possa encontrar uma enfermeira ou um médico que não esteja ocupado", afirmou o especialista. "Há a oportunidade dessa tecnologia oferecer suporte ao excelente serviço existente dos humanos."

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