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by Medicina S/A

 

O preço de medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil registraram alta de +1,32% em junho deste ano, de acordo com o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador desenvolvido pela Fipe em parceria com a Bionexo.

O resultado foi superado pela prévia do IPCA/IBGE (+0,67%), bem como a variação mensal dos preços da economia brasileira, segundo o IGP-M/FGV (+0,59%). Por outro lado, o índice calculado exibiu uma variação inferior ao comportamento da taxa média de câmbio nesse período (+1,90%).

Em junho, foi apurada uma elevação dos preços nos seguintes grupos de medicamentos considerados na composição da cesta do índice: sangue e órgãos hematopoiéticos (+8,74%); aparelho respiratório (+7,26%); aparelho geniturinário (+6,87%); aparelho digestivo e metabolismo (+3,05%); sistema nervoso (+2,63%); preparados hormonais (+1,24%) e aparelho cardiovascular (+0,07%).

Por outro lado, os seguintes grupos exibiram queda mensal nos preços: órgãos sensitivos (-2,09%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-1,67%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (-0,85%); sistema musculoesquelético (-0,71%) e agentes antineoplásicos (-0,63%).No acumulado em 2022 (janeiro a maio), o IPM-H registra uma alta de 4,85% nos preços dos medicamentos, resultado inferior à inflação ao consumidor acumulada pelo IPCA/IBGE* (+4,91%) e ao comportamento dos preços da economia brasileira medido pelo IGP-M/FGV (+7,54%).

 

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No acumulado de 2022, considerando os resultados até maio, o IPM-H encerrou o primeiro semestre de 2022 com uma alta acumulada de +6,23%, resultado superior à inflação ao consumidor acumulada pelo IPCA/IBGE (+5,49%), mas inferior ao comportamento dos preços medido pelo IGP-M/FGV (+8,16%).

Em perspectiva, as oscilações observadas no índice ao longo dos últimos meses continuam a destacar um comportamento compatível com o padrão histórico (pré-pandemia) para o primeiro semestre do ano, contribuindo assim para reforçar a hipótese de que o mercado de medicamentos para hospitais, na média, tem operado dentro em condições esperadas de normalidade, mesmo diante do comportamento ascendente registrado pelas médias móveis de novos casos, internações e mortes relacionadas à pandemia da Covid-19 no país.

Comportamento anual do IPM-H
Adotando-se para análise uma janela temporal de 12 meses, os resultados apurados revelam uma queda de -1,85% no IPM-H, divergindo do comportamento dos demais índices de preço da economia doméstica nesse período: IPCA/IBGE (+11,89%) e IGP-M/FGV (+10,70%).

Nesse recorte ampliado, o resultado negativo do índice decorre das variações observadas nos seguintes grupos terapêuticos: anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-22,96%); aparelho cardiovascular (-20,69%); sistema musculoesquelético (-19,25%); aparelho digestivo e metabolismo (-13,55%); e sistema nervoso (-12,07%).

Já os grupos que apresentaram aumento de preço nos últimos 12 meses incluem: aparelho geniturinário (+34,71%); sangue e órgãos hematopoiéticos (+25,23%); aparelho respiratório (+18,04%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos; (+13,32%); preparados hormonais (+2,27%); agentes antineoplásicos (+2,24%); e órgãos sensitivos (+0,96%).0

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