A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar o nivolumabe em combinação com ipilimumabe e dois ciclos de quimioterapia à base de platina. A terapia contribui para combater o câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) metastático, em adultos cujos tumores não têm mutação EGFR sensibilizante ou translocação de ALK.2. Esse é um importante marco para a biofarmacêutica Bristol Myers Squibb (BMS).
A aprovação é resultado do ensaio CheckMate-9LA, um estudo que comprovou que a combinação dessa dupla imunoterapia pode aumentar a sobrevida global dos pacientes, independentemente da expressão de PD-L1 ou histologia, bem como benefícios de eficácia consistentes. Esta é a primeira e única combinação de duas imunoterapias aprovada no Brasil para câncer de pulmão.
Após dois anos de tratamento, 38% dos pacientes tratados com nivolumabe + ipilimumabe + 2 ciclos de quimioterapia permaneciam vivos versus 26% dos que receberam 4 ciclos de quimioterapia. E a mediana de duração de resposta aos dois anos foi de 13 meses para a combinação das duas imunoterapias versus 5,6 para a quimioterapia isolada.
“A BMS tem o orgulho de atuar continuamente na transformação da vida dos pacientes por meio de medicamentos inovadores. Essa conquista representa o nosso trabalho consistente no tratamento de cânceres torácicos”, pontua Gaetano Crupi, presidente e gerente geral da BMS. Nivolumabe e ipilimumabe contam com mecanismos de ação distintos, porém complementares, e seguramente representam uma nova alternativa terapêutica que pode trazer uma mudança na expectativa de sobrevida aos pacientes que sofrem com esse tipo de câncer.
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