Autoridades reavaliam vacina da AstraZeneca


De Teresa Bizarro  - Euro News

Multiplicam-se as ordens de suspensão da vacina da AstraZeneca em todo o mundo. Portugal, Eslovénia e Venezuela estão entre os últimos países a interromper a utilização da substância, desenvolvida pelo laboratório anglo-sueco em colaboração com a Universidade de Oxford.

Casos de coágulos em pacientes que tinham tomado a vacina na Noruega fizeram soar os alarmes. A AstraZeneca mantém que não há qualquer prova de ligação entre os dois eventos, mas pediu aos reguladores internacionais para investigar.

A Agência Europeia do Medicamento convocou uma reunião de emergência para quinta-feira. O Comité de peritos da Organização Mundial de Saúde debate o assunto já esta terça-feira.

A OMS continua a recomendar o uso da substância. Mariângela Simão, sub-diretora-geral da organização, é peremptória em dizer que "o benefício do risco de não vacinar" ultrapassa "o risco da infecção Covid", nomeadamente "nas pessoas com doenças graves, com hospitalizações e morte". A OMS pede confiança nas instituições e controlo do pânico.

Num novo comunicado, já depois de grande parte dos países europeus terem suspendido o uso da vacina, a AstraZeneca volta a garantir que tem como "prioridade" as questões da "segurança". Lembra que a substância foi usada em "17 milhões de pessoas na União Europeia e no Reino Unido" e que "o número de casos de coágulos de sangue comunicados neste grupo é inferior às centenas de casos que seriam de esperar".

A declaração, pelo menos para já, não convence autoridades nacionais. Espanha juntou-se também ao coro dos países que preferem esperar para ver e ter mais informação.

Para o primeiro-ministro espanhol, "é importante transmitir uma mensagem de zelo e segurança a toda a sociedade europeia relativamente ao processo de vacinação". Pedro Sánchez sublinha que todas as agências reguladoras, as agências francesas, espanholas e europeias, estão a avaliar os aspectos técnicos relevantes" da vacina.

Em França, a suspensão da substância da AstraZeneca travou a campanha de vacinação em farmácias, que tinha acabado de ser lançada. O impacto foi sentido ainda antes do executivo se pronunciar. Sophie Pouget, farmacêutica, diz que, assim que foram conhecidas as notícias, "algumas pessoas" cancelaram a toma da vacina. As farmácias francesas esperam agora orientações das autoridades de saúde, mas os técnicos admitem que há razões para "estarmos preocupados". Preocupação que - espera-se - deverá ser desfeita nos próximos dias.

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