Capacidade de UTIs de Estocolmo chega ao limite

O Estado de S.Paulo

Bjorn Eriksson, chefe do serviço de saúde de Estocolmo, apelou ontem às autoridades nacionais para enviar enfermeiros especializados e outros profissionais de saúde. A capital da Suécia enfrenta uma segunda onda de infecções por covid-19 que tem lotado as UTIs. “Precisamos de ajuda”, disse Eriksson, em entrevista coletiva.


Diferentemente do bloco europeu, a Suécia não optou por nenhum tipo de bloqueio de mobilidade e registrou mais mortes causadas pelo coronavírus per capita do que seus vizinhos nórdicos, com o total chegando a quase 7,3 mil ontem.


Estocolmo e arredores estão entre as áreas mais atingidas, com 2.836 mortes. As taxas de infecção aumentaram, após um período de calmaria no começo do terceiro trimestre. De acordo com as autoridades locais, havia 814 pacientes com covid-19 sendo tratados em hospitais e leitos geriátricos de Estocolmo ontem – ante a 748 na sexta-feira passada.


Durante todo o segundo trimestre, 1,1 mil pacientes passaram por tratamento. Eriksson disse que, no momento, 83 pacientes estão em UTIs na capital da Suécia. “Isso corresponde mais ou menos a todos os leitos de terapia intensiva que normalmente temos”, disse.


Com o aumento de novos casos nas últimas semanas, o governo sueco endureceu as restrições às reuniões públicas e as escolas secundárias foram instruídas a fechar e começar com o ensino a distância.


O governo quer que o Parlamento lhe conceda mais poder para implementar medidas restritivas, como o fechamento de shoppings e academias. Pelo texto que ainda deve passar por uma revisão antes de ir para avaliação dos congressistas, o governo ganharia mais poderes a partir de 15 de março de 2021, e a autorização será válida por um ano. “Medidas de bloqueio são muito intrusivas e precisam ser submetidas ao Parlamento”, disse a ministra de Assuntos Sociais, Lena Hallengren.


De acordo com a lei que deve ser proposta, o governo teria maior margem de manobra para adaptar e apontar medidas de combate à pandemia, como limitar multidões, horário de funcionamento das lojas e para realizar o lockdown total do país como último recurso.


Até agora, no entanto, as medidas têm sido em sua maioria voluntárias e a imprensa local traz sempre imagens de ruas comerciais lotadas no período que antecede o Natal. Ontem, Eriksson pediu uma adesão mais estrita às diretrizes do governo para ajudar a aliviar a pressão sobre o sistema de saúde.“Não pode valer a pena tomar drinques depois do trabalho e correr para comprar presentes de Natal. As consequências são horríveis”, disse.

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