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Vestível com ultrassom

Correio Braziliense 

12/10/20 - Cientistas americanos desenvolveram um pequeno adesivo que consegue monitorar a pressão arterial com precisão. A tecnologia, que é aplicada de forma não invasiva, ao ser posicionada em cima da pele, consegue captar as informações médicas devido ao uso de um ultrassom embutido. O dispositivo foi apresentado na revista especializada Nature Biomedical Engineering e mostrou resultados positivos em testes iniciais. Segundo os criadores, ele poderá ajudar a detectar problemas cardiovasculares mais cedo e com maior acurácia.

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“Dispositivos vestíveis, até agora, têm se limitado a detectar sinais na superfície da pele ou logo abaixo dela. Mas isso é como ver apenas a ponta do iceberg”, explica, em comunicado, Sheng Xu, professor de nanoengenharia da Universidade da Califórnia, nos Estados unidos, e um dos criadores da tecnologia. “Ao integrar a técnica de ultrassom aos vestíveis, podemos, de uma maneira não invasiva, começar a capturar uma série de outros sinais, eventos biológicos e atividades acontecendo abaixo da superfície”, completa.

O novo adesivo consiste em uma folha fina de silicone, com uma série de pequenas peças eletrônicas conectadas a fios em forma de mola. Cada peça conecta-se aos fios, criando ondas de ultrassom. O material é elástico, o que permite melhor adaptação à pele, como uma espécie de curativo.

Em testes com um voluntário do sexo masculino, os resultados foram satisfatórios: a tecnologia conseguiu monitorar a pressão arterial nas principais artérias, a uma profundidade de até 4cm abaixo da pele. “Um grande avanço desse trabalho é que ele transforma a tecnologia de ultrassom em uma plataforma vestível. Isso é importante porque, agora, podemos começar a fazer um monitoramento contínuo e não invasivo dos principais vasos sanguíneos profundos. Isso em menos tempo e de forma muito mais simples”, enfatiza Xu. “É um salto muito alto quando comparamos com as tecnologias usadas para essa tarefa hoje em dia, que são maiores, mais trabalhosas e exigem um especialista para operar.”

As informações geradas pelo aparelho podem ajudar médicos a avaliarem com mais precisão a saúde cardiovascular de pacientes, principalmente os que já têm problemas cardíacos. “Na sala de cirurgia, especialmente em procedimentos cardiopulmonares complexos, é necessária uma avaliação precisa, em tempo real, da pressão arterial central. É aqui que esse dispositivo tem o potencial de suplantar os métodos tradicionais”, detalha Brady Huang, pesquisador da Universidade da Califórnia e também autor do estudo.

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