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O Globo / Site 
Fonte: Agência Reuters

20/08/20 - A Johnson & Johnson testará sua vacina candidata contra a Covid-19 em 60 mil voluntários na terceira fase dos seus ensaios clínicos, segundo documentos formalizados pela empresa em uma plataforma do governo dos Estados Unidos. O número é o dobro do estipulado por duas concorrentes, a Moderna e a Pfizer, e deve se consolidar como o maior teste no mundo até o momento. Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a condução de testes da fórmula da J&J no Brasil.

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De acordo com o formulário, a fase 3 será realizada em 180 localidades dos Estados Unidos e em outros países, como o próprio Brasil e o México. A vacina da Johnson & Johnson é desenvolvida pela subsidiária Janssen-Cilag e utiliza um adenovírus como um vetor capaz de transportar o RNA mensageiro do novo coronavírus para as células do corpo humano, estimulando uma resposta imune teoricamente capaz de criar anticorpos contra o Sars-CoV-2.

O início dos trabalhos está previsto para o dia 5 de setembro. A expectativa em torno da abrangência expressiva do grupo de voluntários fez as ações da companhia americana crescerem. A vacina é uma das iniciativas fomentadas pela chamada Operation Warp Speed, uma força-tarefa do governo americano para acelerar o desenvolvimento e os testes de imunizantes promissores contra a Covid-19. Procurada pela Reuters, a Johnson & Johnson não respondeu sobre o documento.

Testes no Brasil
No país, a empresa deve recrutar sete mil voluntários maiores de 18 anos em sete estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Paraná. A vacina da Johnson & Johnson é a quarta fórmula em testes no Brasil, que chamou atenção das farmacêuticas por representar um "campo fértil" para ensaios clínicos, dada as altas taxas de contágio pelo coronavírus.

Além dela, há a fórmula desenvolvida pela Universidade de Oxford (Reino Unido), em conjunto com a farmacêutica AstraZeneca. Em São Paulo, os estudos do imunizante são liderados pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Unifesp. A infraestrutura médica e de equipamentos é financiada pela Fundação Lemann. No Rio, os testes ficam a cargo do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino e da Rede D'Or, que vai cobrir os custos da primeira fase da pesquisa.

Há, ainda, a vacina do laboratório chinês Sinovac Biotech, testada em parceria com o Instituto Butantan e o imunizante desenvolvido pela americana Pzifer junto com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech. O estado do Paraná firmou um acordo com a Embaixada da Rússia para testes e produção local da vacina Sputnik V, mas a Anvisa ainda não recebeu um pedido formal do Instituto Gamaleia, laboratório russo responsável pelo desenvolvimento do imunizante.

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