Folha de S.Paulo
23/10/20 - A FDA (Food and Drug Administration), a agência de regulação de medicamentos dos Estados Unidos, aprovou nesta quinta-feira (22) o antiviral Veklury (remdesivir) para o tratamento de Covid-19 em pacientes adultos e pediátricos hospitalizados. Este é o primeiro tratamento contra a doença aprovado pela agência.
O uso, porém, é restrito a casos de pacientes hospitalizados ou em estabelecimento de saúde que possa prover cuidados compatíveis. O uso pediátrico também é restrito a menores de 12 anos e menos de 40 kg.
Segundo a agência, os ensaios clínicos para o resto da população pediátrica ainda estão em andamento.
“A FDA está empenhada em acelerar o desenvolvimento e disponibilidade de tratamentos Covid-19 durante esta emergência de saúde pública sem precedentes”, disse o comissário da FDA, Stephen M. Hahn, de acordo com o site da agência.
“A aprovação de hoje é apoiada por dados de vários ensaios clínicos que a agência avaliou rigorosamente e representa um importante marco científico na pandemia de Covid-19. Como parte do Programa de Aceleração de Tratamento de Coronavírus da FDA, a agência continuará a ajudar a mover novos produtos médicos para os pacientes o mais rápido possível, enquanto ao mesmo tempo determina se eles são eficazes e se seus benefícios superam seus riscos”, completou.
A aprovação foi baseada na análise da agência de dados de três ensaios clínicos randomizados e controlados que incluíram pacientes hospitalizados com Covid-19 de leve a grave.
O medicamento é fabricado pelo laboratório Gilead.
Em maio, estudos apontaram que o remdesivir era capaz de reduzir o tempo de recuperação de pacientes com Covid-19. À época, a pesquisa foi realizada pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (Niaid) e publicada na revista New England Journal of Medicine.
Em 1º de maio, os Estados Unidos autorizaram o uso do remdesivir em hospitais em caso de emergência.
“A aprovação de hoje é apoiada por dados de vários ensaios clínicos que a agência avaliou rigorosamente e representa um importante marco científico na pandemia de Covid-19’, diz Stephen M. Hahn comissário da FDA
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