EUA mandam descartar 60 milhões de vacinas da Johnson feitas em fábrica com problema de contaminação, diz jornal | Vacina | G1Foto de 2 de dezembro de 2020 da Johnson & Johnson mostra ampolas da vacina da Janssen contra a Covid-19 — Foto: Johnson & Johnson via AP

Por G1

Após semanas analisando os processos adotados numa fábrica na cidade de Baltimore, autoridades dos EUA decidiram que cerca de 60 milhões de doses da vacina da Johnson & Johnson produzidas no local devem ser descartadas devido a uma possível contaminação, noticia o jornal "The New York Times", que ouviu fontes próximas ao caso.

A FDA, agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, deve permitir que cerca de 10 milhões de doses sejam distribuídas nos Estados Unidos ou enviadas para outros países, mas com um alerta de que os reguladores não podem garantir que a Emergent BioSolutions, a empresa que opera a fábrica, siga boas práticas de fabricação. A agência ainda não decidiu se a Emergent poderá reabrir a planta, que está fechada há dois meses para análise de sua forma de produção.

Durante semanas, a FDA vem tentando descobrir o que fazer com cerca de 170 milhões de doses de vacina que ficaram no limbo após a descoberta de um acidente de produção envolvendo duas vacinas fabricadas no local.

Mais de 100 milhões de doses de Johnson & Johnson e pelo menos 70 milhões de doses de AstraZeneca foram suspensas depois que a Emergent descobriu em março que seus funcionários haviam contaminado um lote da vacina da Johnson & Johnson com um ingrediente usado para produzir a da AstraZeneca. A FDA ordenou que a fábrica pausasse a produção, tirou a Emergent do processo de produção da vacina da AstraZeneca e e mandou a Johnson & Johnson exercer o controle direto sobre a fabricação de sua vacina naquela planta.

A vacina da Johnson & Johnson já foi considerada uma potencial "salvadora" do estoque de vacinas dos EUA porque é de dose única, sendo particularmente útil em comunidades mais vulneráveis. Mas o governo americano, aponta o "New York Times", agora tem um amplo suprimento de vacinas Pfizer/BioNTech e Moderna, outros produtores autorizados no país, e não precisa mais do suprimento da Johnson & Johnson.

Ainda assim, a perda de 60 milhões de doses da Johnson & Johnson pode prejudicar o plano do governo Biden de distribuir vacinas para outros países.

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