9849690483?profile=original

GSK planeja lançamentos de terapias para câncer de ovário, endométrio, mieloma múltiplo, pulmão e cabeça e pescoço

A oncologia é uma área que tem ganhado espaço nas últimas três décadas na indústria farmacêutica devido à crescente incidência da doença no mundo1. No Brasil, são mais de 625 mil novos casos no biênio 2020-2022, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA)2, e mais de 18 milhões de novos casos no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde1. Hoje, esta área terapêutica abrange 40% da maioria das farmacêuticas e o investimento em pesquisa e desenvolvimento crescente mostra que esse percentual tende a crescer, uma boa notícia para os pacientes.

1_deborah_soares__picture_3_6388367_3-6426442.png?profile=RESIZE_710x

Deborah Soares, Diretora de Oncologia da GSK Brasil - (crédito: GSK)

Com o crescimento de casos previstos de câncer, há a necessidade de políticas públicas efetivas para garantir o atendimento e acesso da população a novas tecnologia. Para tanto, a indústria farmacêutica tem investido bilhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento de terapias mais assertivas que consigam tratar as neoplasias e suas características individuais. Pensando nisso, a britânica GSK vem investindo pesado em P&D desde 2015 para potencializar seu portfólio de moléculas clássicas para buscar terapias inovadoras e transformacionais.

Terceira maior multinacional farmacêutica no Brasil, a empresa conta com mais de 15 opções terapêuticas em desenvolvimento clínico em onco-hematologia, duplicando o número de ativos de seu portfólio, investindo em quatro pilares. A iniciativa, ainda inédita no setor, vai potencializar a atuação da empresa e, desta forma, poderá atender as demandas de pacientes com câncer.

Para apoiar e preparar a GSK para o futuro, a empresa está recrutando talentos de alta performance com diferentes perfis e conhecimentos na área. Foi o caso da nova diretora de Oncologia, Deborah Soares: com quase vinte anos de experiência em Oncologia no Brasil e no exterior, ela tem o desafio de promover a expansão no mercado nacional e assistir as instituições públicas e privadas. Além disso, Deborah comenta que “o modelo de negócio da companhia, o colaborativo, proporciona importantes conquistas tanto para pacientes e médicos quanto para pesquisadores. Assim como acontece em outras unidades de negócios, Oncologia também estará aberta para parceiras com instituições de pesquisa no Brasil – o que já está acontecendo”.

Considerada uma das empresas de saúde mais inovadoras, confiáveis e com o melhor desempenho do mundo, a GSK busca levar produtos de saúde diferenciados e de alta qualidade ao maior número possível de pessoas, por meio dos negócios globais, do conhecimento técnico e científico e do talento de seus empregados ao redor do mundo. “Nosso plano é trazer uma nova molécula por ano para aprovação na Agência Nacional de Saúde (ANVISA) e estamos aguardando o parecer positivo de uma terapia oral indicada para o tratamento de câncer de ovário”, comenta a executiva.

Confira mais informações sobre a expansão da GSK em Oncologia na entrevista abaixo:

Correio Braziliense: Por que investir em Oncologia?

Deborah Soares: Com o envelhecimento da população, os casos de câncer no mundo aumentaram e continuarão numa curva de crescimento, portanto estamos dedicados em oferecer novos tratamentos, cada vez mais modernos e eficazes, para beneficiar essa população2. Temos uma história de mais de 110 anos melhorando a saúde de milhares de pessoas no Brasil. Com a expansão do nosso portfólio em Oncologia, iremos disponibilizar medicamentos transformacionais e inovadores para necessidades ainda não atendidas, beneficiando assim um número cada vez maior de pacientes – saímos de um pipeline com terapias clássicas para um embasado em quatro pilares terapêuticos, ainda pouco usado pela indústria farmacêutica: imuno-oncologia, epigenética, terapia gênica e letalidade sintética.


CB: E como a GSK se preparou para esta expansão?

DS: Assim como acontece nas outras unidades de negócios da companhia, a Oncologia também terá o modelo colaborativo como um dos principais lemas para o relacionamento com pacientes, profissionais de saúde, pesquisadores e governo. Não há outra opção para levar acesso às terapias: colaboração. Para tanto, é preciso investir pesado em pesquisa e desenvolvimento para alcançar um portfólio inovador como a GSK está trazendo. Para ter uma ideia, em 2019, a empresa investiu, globalmente, £4,6 bilhões em P&D em todas as áreas terapêuticas, e a Oncologia foi contemplada e teve avanços significativos nos estudos – duplicamos o número de moléculas em estudos clínicos em menos de cinco anos.

CB: Como o modelo colaborativo da GSK influencia na oferta de medicamentos a pacientes oncológicos?

DS: A GSK tem parcerias para a transferência de tecnologia e produção de medicamentos nas áreas de Vacinas e HIV – das 19 vacinas disponíveis no Programa Nacional de Imunização, 13 delas têm origem na GSK, além da empresa ser a maior fornecedora de antirretrovirais para o fornecimento de medicamentos para as pessoas que vivem com HIV. Ambos os programas são referências mundiais.

Em Oncologia, vamos trilhar o mesmo caminho. Lá fora, a GSK firmou parceiras com instituições de pesquisas e empresas de bancos de dados genéticos, além de adquirir uma empresa de biotecnologia para impulsionar e potencializar a oferta de terapias. Com a expansão no mercado brasileiro, faremos o mesmo: queremos estender as parcerias por meio do modelo colaborativo e já começamos – atualmente, são seis estudos planejados, sendo três em mieloma múltiplo, dois de câncer de cabeça e pescoço e um de câncer de pulmão, envolvendo 59 centros de pesquisa e 144 participantes.

Referências:

World Health Organization. Disponível em: https://www.who.int/cancer/PRGlobocanFinal.pdf?ua=1 . Acesso em 10 agosto de 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Cancer. Câncer de ovário. Disponível em: Acesso em 14 agosto de 2020.

The Economist. Cancer is a curse, but also a growth market for investors. Disponível em https://www.economist.com/finance-and-economics/2018/02/01/cancer-is-a-curse-but-also-a-growth-market-for-investors. Acessado em 14 de agosto de 2020.

Fonte: Correio Braziliense Online

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

DikaJob de

Para adicionar comentários, você deve ser membro de DikaJob.

Join DikaJob

Faça seu post no DikaJob