L’Oreal cria programa de inovação junto a 20 startups

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Empresa francesa busca nas pequenas empresas de base tecnológica formas de tornar mais eficiente sua atuação nas áreas de comunicação (marketing), vendas e operação

por Ana Sodré

BizNews

A L’Oréal anuncia hoje parceria para criar um programa de inovação calcado em soluções propostas por 20 startups. A multinacional francesa busca nas pequenas empresas de base tecnológica formas de tornar mais eficiente sua atuação nas áreas de comunicação (marketing), vendas e operação (gestão de demanda e estoque).

As 20 empresas são parte do portfólio da Fábrica de Startups, aceleradora que tem contratos similares assinados com Shell, Light e Aliansce Sonae. Até agosto, as startups terão a missão de propor soluções para nove desafios estabelecidos a partir de um trabalho conjunto com 35 profissionais da L’Oreal.

“Queremos fechar o ecossistema [de startups] no segundo trimestre, para ter as soluções na rua em agosto”, explica Patricia Borges, diretora de Marketing da multinacional francesa no país. A expectativa é que a L’Oréal firme contratos com até 30% das startups participantes do programa, conta Hector Gusmão, presidente-executivo da Fábrica de Startups.

Dentro da estratégia digital da L’Oréal Brasil, a proximidade com as startups é também parte do esforço para atingir a meta de expansão de 350% nas vendas digitais para o período de 2017 a 2021. Em termos globais, as vendas via internet representam 11% do faturamento da L’Oreal, enquanto na China esse percentual chega a 60%.

A companhia não divulga qual a contribuição do comércio eletrônico para sua receita. Informa apenas que seu faturamento no país (canais analógicos somados aos digitais) cresceu 47% na comparação entre 2019 e o ano anterior. No Brasil, as vendas on-line de produtos de beleza responderam em 2018 por menos de 3% do faturamento do comércio eletrônico, nforma Patricia, citando números da Ebit / Nielsen.

A ênfase no desenvolvimento dos canais de venda digitais está a serviço de uma transformação na indústria da beleza. “Entendemos que o futuro da beleza passa pelos serviços. Temos a ambição de nos transformarmos numa ‘beautytech’. Queremos ser uma empresa de beleza e tecnologia”, afirma Patricia.

O contrato entre a L’Oréal e a Fábrica de Startups foi assinado em novembro de 2019. O diagnóstico dos principais desafios para desenvolver a inovação dentro da multinacional francesa foi fechado nas primeiras semanas de janeiro. A lista inicial de 369 obstáculos acabou reduzida a nove.

Caberá às startups, por exemplo, procurar formas de aprimorar o processo de distribuição de amostra grátis, uma ferramenta vital para atrair novos consumidores no ramos de cosméticos e produtos dermatológicos. Hoje, a distribuição de amostras é feita por meio de promotoras de vendas e visitas a dermatologistas, o que resulta num processo custoso e que nem sempre atinge o público-alvo desejado.

No Brasil desde 2018, a portuguesa Fábrica de Startups serve de ponte entre as empresas nascentes e as grandes corporações. Oferece infraestrutura gratuita para as empresas mas nem um centavo de investimento. A situação deve mudar este ano com a abertura de um braço de capital destinado a financiar startups. Também está nos planos da aceleradora entrar em São Paulo.

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