Procura por exames cresceu 50% no Rio de Janeiro e 30% em São Paulo, segundo a Dasa
FOLHA DE SÃO PAULO
Líder em medicina diagnóstica no país, a Dasa afirma ter verificado um aumento de 42% no número de testes positivos de Covid-19 no início de novembro no país. A empresa tem mais de 900 unidades espalhadas pelo Brasil.
O laboratório afirma que, em outubro, a taxa de positividade encontradas nos exames ficava em torno de 19%. Até o dia 10 de novembro, a positividade passou para 27%. Segundo a empresa, a procura por testes cresceu acentuadamente —50% no Rio de Janeiro e 30% em São Paulo.
Nesta semana, hospitais de São Paulo como o Sírio-Libanês, o HCor (Hospital do Coração) e o Vila Nova Star registraram aumento no número de pacientes infectados pelo novo coronavírus. O aumento de casos e os sinais de possibilidade de crescimento apontados por pesquisadores já causam preocupação.
Segundo a coluna Mônica Bergamo, o Sírio-Libanês teve picos de até 120 internações em abril. Em outubro esse número caiu para 80, e agora é de 120 novamente. Do total de doentes, 50 estão em UTI.
O HCor internou cem pessoas por Covid-19 nos meses de pico, chegou a 18 e agora são cerca de 30 pacientes.
Já o Vila Nova Star, voltado a um público de alta renda, viu o número de atendimentos de casos leves dobrar em uma semana, de 20 para 40. O valor chega aos patamares do auge da pandemia na capital paulista.
No hospital Alberto Einstein a situação permanecia estável durante esta semana.
Nesta semana, a infectologista Christina Gallafrio Novaes, do Hospital das Clínicas da USP, enviou uma mensagem a amigos apelando para a manutenção dos cuidados de prevenção contra a Covid-19.
Segundo a médica, há um aumento de casos relacionados a idas a festas, encontros e jantares sem os devidos cuidados, como uso de máscara e distância segura.
O governo paulista, porém, afirma que não há aumento de casos no estado.
Os temores de uma subida de casos e mortes no Brasil ocorre ao mesmo tempo em que os Estados Unidos e a Europa voltam a vivenciar situações críticas relacionadas à Covid-19, com necessidade de novas medidas de contenção do vírus como toque de recolher.
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