Valor Econômico
Jornalista: Barbara Bigarelli
03/09/20 - Organizar a disciplina da rotina, aferir desempenho e produtividade dos funcionários e manter uma comunicação fluida com os times foram os principais desafios da gestão remota na pandemia para os CEOs, segundo uma pesquisa realizada pela AL+ People & Performance Solutions. O estudo ouviu, nas últimas semanas de agosto, 177 executivos, entre CEOs, acionistas e empresários de empresas no Brasil.
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Para 33,9% dos entrevistados, um dos obstáculos atuais, com a ampla adoção do home office, tem sido manter a cultura organizacional e 25,4% citaram o engajamento no isolamento social. A comunicação fluida foi citada por 24,3%.
“Vimos na pesquisa e até nas entrevistas qualitativas que líderes que encontraram mais rápido a melhor forma de se comunicar, a distância, com suas equipes obtiveram melhores resultados”, avalia Adriano Lima, startup advisor e fundador da AL+ People & Performace Solutions.
Em sua visão, a comunicação eficaz se deu por meio da transparência e clareza (“comunicar a situação real vivida pela empresa”) e pelo acolhimento. “Chefes que queriam gerir suas equipes durante a pandemia da mesma forma que geriam no escritório, com controle e pouca empatia, perderam confiança e engajamento”, diz Lima.
O maior aprendizado para cerca de um terço dos 177 executivos ouvidos foi que o trabalho remoto era “viável”. Em segundo lugar, aparece a ideia de que é preciso cultivar o “aprender a aprender” (para 28,8%) e, em terceiro, que o digital ganhou muito mais relevância dentro do modelo dos negócios (para 23,7%). Cerca de 10% também citaram que aprenderam a valorizar mais a atenção que dão à família. “Este último aspecto apareceu com força nas entrevistas, com executivos dizendo que houve uma reconexão com a família, principalmente aqueles com filhos”, afirma Lima.
No pós-pandemia, os CEOs entrevistados acreditam que gastarão mais tempo realizando o posicionamento estratégico de suas organizações (44,1%), fazendo a gestão dos times (35,6%), melhorando a comunicação com os clientes (14,7%) e fazendo a reorganização financeira (12,4%).
O modelo híbrido, com profissionais trabalhando de casa e outros do escritório, irá ganhar força para 91% dos entrevistados.
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