O poder da vitamina D

Correio Braziliense 

28/10/20 - Um estudo publicado, ontem, no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism reforça as suspeitas de especialistas de que a deficiência de vitamina D seja, efetivamente, um fator de alto risco para o novo coronavírus, comprometendo a resposta imunológica do doente. Na pesquisa, cientistas da Universidade de Cantabria, na Espanha, observaram que 82,2% dos pacientes internados com covid-19 em um hospital na cidade de Santander apresentavam o problema.

A descoberta foi feita durante a análise da evolução do quadro clínico de 216 pacientes do Hospital Universitário Marqués de Valdecilla. No acompanhamento, constatou-se maior necessidade de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) daqueles que tinham taxas mais baixas da vitamina D. Os especialistas acreditam que os dados verificados no trabalho poderão contribuir para o tratamento da enfermidade.

A vitamina D é um hormônio produzido pelos rins que controla a concentração de cálcio no sangue e que parece afetar positivamente o sistema imunológico. “Muitos estudos apontam para o efeito benéfico da vitamina D no sistema de defesa do organismo, principalmente, no que diz respeito à proteção contra infecções”, destacaram os autores do estudo.

Algumas pesquisas recentes têm mostrado uma relação entre níveis mais baixos do hormônio e alguns problemas de saúde, ainda há muito o que explorar sobre o tema.

Segundo os pesquisadores, entre os pacientes do Hospital Universitário Marqués de Valdecilla, os homens tinham níveis ainda mais baixos de vitamina D do que as mulheres. Os pesquisadores também verificaram quantidades elevadas de dois marcadores inflamatórios (ferritina e dímero-D) em todo o grupo com níveis baixos da substância.

Para a equipe envolvida no estudo, os resultados precisam ser considerados durante o tratamento dos pacientes com o novo coronavírus. “É importante identificar e tratar a deficiência de vitamina D, especialmente, em indivíduos de alto risco, como idosos, pacientes com comorbidades e residentes de asilos, que são a principal população-alvo da covid-19”, observou, em um comunicado à imprensa, José L. Hernández, pesquisador da Universidade de Cantabria, na Espanha, e coautor do estudo. “Essa intervenção pode ter efeitos benéficos tanto no sistema musculoesquelético quanto no sistema imunológico”, acrescentou o especialista.

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