Rede D’Or busca obter R$ 15 bi com seu IPO

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Valor Econômico, notícia também publicada em O Globo 
Jornalista: Maria Luíza Filgueiras

26/08/20 - O grupo hospitalar Rede D’Or São Luiz está a caminho da bolsa e já contratou bancos para sua oferta pública inicial de ações (IPO). Em operação que será coordenada por Bank of America, J.P. Morgan, BTG Pactual, Bradesco BBI e XP Investimentos, o grupo há uma hora Empresas vai buscar entre R$ 12 bilhões e R$ 15 bilhões, conforme duas fontes. Outras instituições financeiras de suporte devem ser contratadas na próxima semana. O grupo principal de bancos foi fechado na última sexta-feira e comunicado nesta semana.

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A oferta é estimada para outubro, conforme duas fontes. Nesse alvo de captação, a companhia estima um valor de mercado da ordem de R$ 100 bilhões. O Valor antecipou em 15 de julho que a D’Or havia iniciado conversas com bancos de investimento para o IPO e que os gestores brasileiros já aguardavam com alta expectativa a eventual operação.

A companhia carioca criada e controlada pela família Moll tem como sócio um fundo da gestora de private equity Carlyle e o fundo soberano de Cingapura GIC. A eventual saída dos fundos é, nos últimos dois anos, motivo de especulação no mercado sobre uma listagem em bolsa. O Carlyle detém uma opção em acordo de acionistas para levar o grupo à bolsa, o que poderia ter ocorrido desde maio do ano passado. A proposta, no entanto, sempre foi chegar a um comum acordo com a família Moll sobre o “timing” ideal, disse uma fonte.

O Valor apurou que o Carlyle deve fazer saída parcial na operação, em parte da tranche secundária. A transação terá uma parcela relevante de tranche primária, ou seja, recursos que vão para o caixa da empresa. Essa composição ainda será discutida entre a companhia e os bancos, que podem ajustar o valor da oferta conforme a demanda dos investidores. A oferta, conforme já definido pela D’Or, será na B3. “Em uma operação desse porte, não faz diferença ser em bolsa local ou estrangeiro. O investidor internacional se desloca por esse tipo de ativo para qualquer lugar”, diz uma fonte.

Nos últimos anos, a companhia foi a mais citada entre os bancos quando o assunto era o IPO dos sonhos das instituições, como mostrou reportagem do Valor no ano passado. Essa lista é composta pelas empresas que “praticamente se vendem sozinhas”, na definição de bancos, dado seu histórico de desempenho, potencial de crescimento e consistência de resultados.

“O grupo tem tamanho muito relevante e com isso ganhou poder de barganha com planos de saúde, além de ter se tornado referência em qualidade”, diz um executivo próximo à operação. “Por isso já era bem estável e, quando olhamos para frente, nessa projeção de envelhecimento da população, por exemplo, ainda tem grande potencial de crescimento”, complementa a mesma fonte.

No ano passado, a receita líquida consolidada foi de R$ 13,32 bilhões, alta de 22% em relação a 2018. O Ebitda do grupo, medida utilizada como referência de geração de caixa, foi de R$ 3,48 bilhões, alta de 30,5%. O lucro líquido atingiu R$ 1,18 bilhão, crescimento de 20,4%. No primeiro trimestre deste ano, último dado informado, há impacto da pandemia nas atividades da companhia. A receita líquida foi de R$ 3,3 bilhões, alta de 8,8% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, e o lucro consolidado atingiu R$ 110,5 milhões, queda de 57%.

O grupo tem origem em 1977, quando foi fundado o Grupo Labs, voltado para medicina diagnóstica em cardiologia. Hoje tem rede atuante em Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Pernambuco, Maranhão e Bahia, com mais de 87 mil médicos e quase 500 mil internações por ano.

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