Russos terão que explicar vacina

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Correio Braziliense 
Jornalista: Indefinido


11/09/20 - A revista científica The Lancet anunciou que pediu esclarecimentos sobre um artigo que publicou, na semana passada, com resultados de testes com a vacina russa Sputnik V. A solicitação feita aos pesquisadores é uma resposta a uma carta aberta de 30 cientistas enviada ao periódico. Os especialistas destacam que o trabalho “apresenta vários pontos preocupantes” e “inconsistências nos dados”.

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No estudo russo, os pesquisadores relatam que foram testadas seis formulações distintas da vacina em 76 pacientes, divididos em quatro grupos compostos por nove pessoas e dois, por 20. “Entre os (diferentes) grupos de nove pacientes, testando coisas completamente diferentes, você vê exatamente os mesmos números. É altamente improvável observar um número tão grande de duplicações”, declarou, em entrevista ao The Moscow Times, Enrico Bucci, professor de biologia da Temple University (EUA) e um dos signatários da carta, que foi enviada a The Lancet na segunda-feira. “É como se você jogasse um dado e obtivesse exatamente a mesma sequência de números várias vezes, é altamente improvável”, acrescentou.

Em resposta à carta, a revista “convidou os autores do estudo a responderem as questões apresentadas” e afirmou que acompanha a “situação muito de perto”. Segundo a agência russa pública RIA Novosti, o médico Denis Logunov, que coordena a equipe que desenvolveu a vacina, afirmou que a revista The Lancet teve acesso a “todos os dados compilados durante as pesquisas científicas” e negou falhas nos testes.

Britânica

Também ontem, a farmacêutica AstraZeneca afirmou que a vacina desenvolvida com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, ainda pode estar disponível até o fim deste ano, mesmo com a suspensão dos testes dos ensaios clínicos. “Nós ainda poderíamos ter uma vacina até o fim deste ano, no início do próximo”, afirmou o principal executivo da empresa, Pascal Soriot.

A pausa foi anunciada na terça-feira, após uma paciente inglesa que recebeu a vacina ter apresentado sintomas de mielite transversa, uma inflamação na medula espinhal. O executivo declarou também que a previsão depende da rapidez com que as agências reguladoras autorizarão a retomada dos testes. “Esse comitê nos guiará sobre quando os testes poderão recomeçar para que possamos continuar nosso trabalho o mais rápido possível”, afirmou Soriot.

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