Renato Spallicci, presidente da Apsen, laboratório que produz um remédio à base de hidroxicloroquina, foi recebido duas vezes no Ministério da Saúde, antes de a pasta liberar o uso da substância para casos leves de Covid.
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Em 26 de março, Bolsonaro exibiu a líderes mundiais uma caixa de Reuquinol, medicamento à base de hidroxicloroquina fabricado pela Apsen, durante uma videoconferência do G20 no Palácio do Planalto. Era uma quinta-feira.
Na segunda-feira seguinte, Spallicci teve uma reunião virtual com Denizar Vianna Araújo, então secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.
Em 8 de maio, o presidente do laboratório participou de mais uma conversa no ministério, desta vez no Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, também na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
Depois de 12 dias, o ministério liberou a cloroquina e a hidroxicloroquina também para casos leves de Covid-19.
Nesse protocolo, o governo admitia que não havia evidências suficientes de eficácia, e que o medicamento poderia levar à morte.
Os dados foram repassados pelo Ministério da Saúde nesta semana ao deputado Ivan Valente, do PSOL de São Paulo, em resposta a um requerimento de informações.
(Por Eduardo Barretto)
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