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O Globo 
Jornalista: Ana Letícia Leão

10/10/20 - O governador de São Paulo, João Doria, sinalizou, nesta sexta-feira, que uma reunião no próximo dia 21 de outubro, no Ministério da Saúde, vai definir os próximos passos em relação à distribuição da CoronaVac, vacina contra o coronavírus desenvolvida entre a empresa chinesa Sinovac e o Instituto Butantan.

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O governo espera um repasse do Ministério para a compra de 60 milhões de doses da CoronaVac já previstas em contrato. O que não se sabe ainda é se essa aquisição será feita pelo governo federal ou pelo próprio governo de São Paulo. O aceno positivo do Minstério da Saúde ainda não aconteceu. Apesar de estar em fase final de testes, o imunizante ainda depende de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Nesta quinta-feira, o secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, e o presidente do Butantan, Dimas Covas, estiveram com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em Brasília. Porém, o tema ainda não foi definido.

— A reunião do próximo dia 21 deve ser definitiva, porque já teremos concluído a última fase dos testes da vacina, ela já estará sendo também avaliada pela Anvisa, e já teremos recebido as 5 milhões de doses em São Paulo. Estaremos prontos para vacinar — afirmou o governador.

No fim da tarde desta sexta, porém, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, minimizou o compromisso ao dizer que “não pode comprar o que não existe” e ao afirmar que a relação do governo federal com o estado de São Paulo sobre a CoronaVac é a mesma mantida com desenvolvedores de outros imunizantes com potencial de sucesso.

—Com relação à vacina CoronaVac, nossos entendimentos com o estado de São Paulo, com o Instituto Butantan, estão no mesmo passo em que estão os entendimentos bilaterais com os laboratórios com os quais estamos entrando em contato.

Franco reforçou que a União procura uma vacina segura, eficaz, em quantidade suficiente, entre outros requisitos. Para ele, a CoronaVac “pode ser uma das primeiras a ficar pronta em condições de ser comercializada e aprovada pela Anvisa”, devido à fase avançada de testes.

Com o imunizante aprovado, o governador diz que já poderia começar a vacinar profissionais de saúde a partir de 15 de dezembro. Doria afirmou, ainda, que tem recebido governadores, senadores e deputados interessados em comprar a vacina chinesa, enquanto não há um posicionamento do Ministério da Saúde.

— Nossa conversa é sempre republicana. Todos estão preocupados, porque querem a vacina. E sabem que a vacina mais avançada neste momento é a do Butantan, que está nos últimos dias da sua testagem.

Segundo Doria, o plano é seguir com a CoronaVac via Programa Nacional de Imunização (PNI), assim como outros imunizantes, como o da gripe. No entanto, se não houver interesse do governo federal, São Paulo tem um "plano B" de vacinação para por em prática, afirmou o governador.

— Se houver qualquer viés de ordem política, eleitoral ou ideológica, São Paulo vai adotar a vacina e faremos a imunização dos brasileiros de São Paulo, sim. E obviamente colocaremos à disposição para que outros estados possam adquiri-la. Este, sim, é um plano B.

A previsão é que 6 milhões de doses cheguem ao Instituto Butantan já prontas para o uso neste mês. Posteriormente, serão processadas na fábrica brasileira mais 40 milhões de doses até dezembro e outras 14 milhões até fevereiro do ano que vem.

Testes

Atualmente, a CoronaVac está em fase 3 de testes. Até o momento, os estudos não mostram efeitos adversos significativos da vacina. A expectativa é que o término da vacinação dos mesmos ocorra em 15 de outubro.

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