O Globo
A Suíça se tornou ontem o primeiro do país do mundo a conceder um registro definitivo para uma vacina contra a pandemia. A agência regulatória do país, Swissmedic, aprovou a vacina da Pfizer/BioNTech pelo procedimento padrão.
Até agora, todas as aprovação de vacinas contra a pandemia eram somente para uso emergencial. Outros países como Reino Unido, EUA, Canadá. Bahrein. Arábia Saudita e Chile já autorizaram o uso emergencial da vacinada Pfizer contra a Covid-19 em sua população. Os EUA liberaram também o uso da vacina da Moderna. O uso emergencial é restrito e destinado a grupos específicos da população.
A licença concedida pela Suíça estabelece que a vacina da Pfizer/BioNTech terá que passar por revisão contínua de documentos e dados solicitados. Porém, essa fase é normal para qualquer imunizante, antes que o registro final seja concedido.
Com a decisão do governo, todos os cidadãos com mais de 16 anos poderão ser vacinados. No entanto. o go- verno da Suíça salientou, em nota, que a prioridade continua a ser imunizar as pessoas idosas e com comorbidades.
“As informações disponíveis mostram uma taxa de eficácia comparável em todas as faixas etárias testadas, bem como um nível de segurança satisfatório”, disse a Swissmedic, num comunicado, destacando que os benefícios superam os riscos. O nível de proteção oferecido sete dias após a inoculação da segunda dose é de 90%.
O país de 8,6 milhões de habitantes começa seu programa de vacinação em 4 de janeiro, inicialmente com 100 mil doses. Isso permitirá imunizar 50 mil pessoas, já que são necessárias duas doses. Mas o contrato com a Pfizer/BioNTech é de três milhões de doses da vacina —o suficiente para 1,5 milhão de pessoas, já que o imunizante precisa ser aplicado em duas doses.
A China anunciou ontem que já aplicou mais de um milhão de doses de vacinas, sem observar efeitos colaterais graves. O governo chinês aprovou desde julho o uso emergencial de vacinas, entre elas a da Sinovac, que no Brasil tem parceria com o Instituto Butantan.
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