Sebastian Modak, jornalista, escritor e viajante (Foto: Reprodução/Twitter)
De escritor a capitão de iate, veja relatos de quatro profissionais que são pagos para viajar pelo mundo
WESLEY SANTANA | Época Negócios
Trabalhar pode ser mais que bater o ponto, especialmente para quem gosta de sair da rotina. Veja, a seguir, os relatos de quatro profissionais que conseguiram conciliar o lado corporativo com o que mais gostam de fazer na vida, que é conhecer lugares, pessoas e culturas novas, segundo a CNBC.
Um ano viajando
Sebastian Modak foi contratado pelo jornal The New York Times para viajar por um ano contando sobre os lugares. Pelo projeto "52 lugares para viajar", durante 2019, Modak foi do hemisfério Sul ao Norte, passando uma semana em cada país diferente. No que descreve como "emocionante e cansativo", o principal trabalho do jornalista era escrever reportagens sobre a experiência, mas também precisava fotografar, gravar vídeos e até fazer publicações nas redes sociais.
“Foi uma das maiores experiências da minha vida... mas também a mais difícil”, afirma. “Eu não tive um dia de folga por um ano inteiro, e a pressão constante dos prazos era difícil de lidar”, lembra, em entrevista à rede americana CNBC. No entanto, não titubeia: “Me apresentou a pessoas dos seis continentes e cimentou meu amor por ir a um lugar e procurar uma história”.
Causa humanitária
Nem sempre o trabalho de Sandra Black envolve lugares que estão na lista de viagem de um turista comum. Como especialista em Comunicação para a ONU (Organização das Nações Unidas), ela viaja para cidades que estão passando por problemas humanitários, por períodos que podem passar de um ano.
Desde 2008, a profissional já viveu no Senegal, Timor Leste, Iraque, entre outros países, dando voz às vítimas de conflitos geográficos.
“A parte mais significativa da comunicação humanitária é fornecer uma plataforma para que as pessoas afetadas por conflitos e desastres naturais contem suas histórias”, destaca Black. “Muitos sinceramente querem que o mundo saiba o que aconteceu com eles e suas comunidades”.
Pelo mar
É pelo mar que Tony Stewart, capitão de iate, conhece o mundo. Ele, que começou sua jornada como chef de cozinha, já comandou viagens no Caribe, Bahamas, Estados Unidos e até no Reino Unido. Stewart destaca que as responsabilidades são muitas e que às vezes precisa fazer o trabalho de vários departamentos em uma única viagem.
“Os capitães fazem um pouco de tempo”, comenta. “Nós suportamos dias longos e, às vezes, semanas sem dias de folga. Mas eu não poderia imaginar fazer isso, e não amar”.
Tudo sobre a Itália
Uma profunda conhecedora da Itália, Amy Ropner já visitou quase todas as vilas do país europeu. Embora seja britânica, não é de lá que vêm os lucros da sua empresa de viagens de luxo.
Seu trabalho é avaliar as acomodações para que futuros turistas aluguem o espaço com maior comodidade e de acordo com o seu perfil. Os valores semanais das hospedagens podem chegar a US$ 200 mil (cerca de R$ 1 milhão), relata Ropner.
“Acredito que as pessoas acham que é tudo glamouroso, mas é muito trabalho”, disse ela, lembrando de uma vez em que visitou 50 vilas italianas em uma única viagem. "É charmoso, mas também pode ser cansativo", complementa.
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