Mentiras têm mesmo perna curta: pouco após sua nomeação como ministro da Educação em 2020, duas instituições onde Carlos Alberto Decotelli disse ter concluído seu doutorado e pós-doutorado questionaram as informações do seu currículo.
Segundo a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, Decotelli esteve na universidade para uma pesquisa de três meses em 2016. Enquanto a Universidade de Rosário, na Argentina, afirmou que ele não teve sua tese de doutorado aprovada.
As revelações chocam, mas não são raridade para quem trabalha com recrutamento. Na verdade, 75% dos currículos enviados às empresas em 2018 no Brasil continham informações falsas, segundo levantamento da DNA Outplacement com base em 6 mil documentos.
Não é todo brasileiro que mente e nem sempre é sobre seu diploma. No entanto, a pesquisa descobriu que:
- 12% aumentam o grau de escolaridade;
- 10% adicionam cursos falsos ao documento;
- 48% Inflar o salário anterior ou atual;
- 41% Mentir sobre domínio de inglês.
E as falsidades não são reservadas para quem está entrando no mercado de trabalho e quer enfeitar o documento para torná-lo mais atrativo.
Até mesmo CEOs já foram pegos: Ronald Zerrella, ex-CEO da Bausch & Lomb, adicionou no CV um MBA pela New York University que nunca terminou, e Jeffrey Papows, presidente da Lotus, uma empresa de software que não mais existe, mentiu sobre seu cargo na marinha americana.
Mais que um currículo com formação nas melhores universidades e passagens por grandes empresas, os especialistas em RH e decisores procuram nos candidatos pontos positivos sobre seu caráter, pontos de personalidade que possam ser diferenciadores e colaboradores para o alcançar os objetivos e metas das corporações.
Analisando os soft skills, as empresas buscam conexão com seu valores, além é claro de honestidade, lealdade, ética, bom senso, proatividade, excelência de execução, prestação de serviço aos clientes, respeito, disponibilidade, superação, etc.
Não minta nunca no CV.
O CV é o seu passaporte para a jornada da empregabilidade e mostra sua trajetória de vida.
Fontes: Mercado(Angola), Exame, Correio Braziliense, MSN
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