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(Netflix/Divulgação)

 

Depois de semanas do lançamento, obra segue entre os filmes mais assistidos na plataforma. Recheado de celebridades do basquete, o longa-metragem também tem várias lições de superação e carreira

 

by Luciana Lima | Exame
Publicado em 25 de junho de 2022 às, 11h00. Última atualização em 27 de junho de 2022 às, 13h01.

 

Desde que estreou no último dia 8 (08/06/2022), o filme Arremessando Alto (Hustle, na versão em inglês), vem figurando no top 10 filmes mais assistidos na Netflix.

Logo na primeira de semana de estreia, em plena reta final da NBA, a obra estrelada por Adam Sandler foi o longa-metragem em língua inglesa mais visto na plataforma de streaming.

Porém, assim como Joias Brutas (2019), o novo trabalho de Sandler em nada lembra as comédias românticas pelas quais ele ficou famoso no início dos anos 2000.

Arremessando Alto conta a história de Stanley Sugerman (Sandler) um ex-jogador de basquete meio deprimido, que viaja o mundo como olheiro do Philadelphia 76ers, em busca do próximo talento da NBA.

A exaustiva rotina de viagens, a solidão dos quartos de hotéis e os jogadores meia-boca dos times semi-profissionais já cansaram Stanley, que está infeliz e almeja se tornar técnico do time.

O sonho de Stanley quase se torna realidade, mas por pouco escapa de suas mãos numa reviravolta logo no começo do filme, com uma mudança repentina no comando do time.

Contrariado, o personagem de Sandler volta aos aeroportos e, durante uma viagem para a Espanha, conhece o jovem Bo Cruz, interpretado por Juancho Hernangómez que, de fato, é jogador profissional do Utah Jazz.

Embora alto e talentoso, Cruz nunca jogou basquete profissional e, além disso, o jovem precisa lidar com um passado traumático. Com pouca inteligência emocional, nas quadras cai facilmente nas provocações dos adversários, o que logo lhe rende a fama de violento.

Com Sandler como mentor, o filme é recheado de lições de superação, dificuldades e redenção. Muitos críticos têm, inclusive, apontado semelhanças entre Arremessando Alto e “Rocky: Um Lutador", de 1976.

Além de ambos os filmes se passarem na Filadélfia, há elementos técnicos bem parecidos, como um treinamento na escadaria, algo emblemático da obra estrelada por Sylvester Stallone.

 

Arremessando Alto é uma história real? 

Muita gente tem se perguntado se o longa, dirigido por Jeremiah Zagar, com roteiro de Will Fetters (de Nasce uma Estrela, de 2018), é, de fato, uma história real. A resposta é não, Arremessando Alto não é baseado em uma história real.

O naturalismo do filme pode ser um dos responsáveis pela confusão causada nos espectadores, mas isso é por conta do fato de que Zagar, que tem ao todo três longas na carreira, tem bastante experiência com documentários.

Outra razão é a extensa participação de grandes lendas do basquete interpretando, muitas vezes, elas mesmas. Shaquille O’Neal, Charles Barkley, Julius Erving, Aaron Gordon, Luka Doncic e Kyle Lowry são apenas alguns jogadores ou ex-jogadores que participam do filme. Isso sem contar o fato de que o astro da NBA, LeBron James, também produziu o longa.

Com uma história repleta de lições de superação, Arremessando alto também é um ótimo filme para quem deseja refletir sobre a própria carreira. Pensando nisso, EXAME selecionou seis lições de liderança que podemos tirar da obra com Sandler.

 

Veja, a seguir, seis lições de liderança de Arremessando Alto, com Adam Sandler, da Netflix:

 

1. Assumir riscos — e confiar no seu instinto

Embora olheiro experiente, Stanley tem uma má relação com o atual dirigente do Philadelphia 76ers, Vince (interpretado por Ben Foster). Então, quando ele conta que descobriu o próximo talento da NBA em uma disputa amadora nas ruas da Espanha, não é levado a sério.

Confiando no seu instinto, paga do próprio bolso para trazer Bo Cruz para a América, sem a aprovação do chefe. "Stanley arrisca seu emprego com a decisão. Por conta disso eles são obrigados a inovar e colaborar para, juntos, chegarem a algum lugar na NBA, algo que também tem sido fundamental nas empresas hoje em dia", diz Rodrigo Vianna, CEO da Mappit, empresa de recrutamento do Talenses Group.

 

2. Não desistir nunca

Diferente do que Stanley imaginava, Bo Cruz não cai nas graças da comunidade do basquete logo de cara. Aliás, pelo contrário, em alguns momentos, ambos são bastante criticados pela imprensa e por outros colegas. Mas isso não é motivo para ambos desistirem.

"Em geral quando as pessoas enfrentam adversidades constantes pensam em recuar e desistir. O filme mostra a perseverança de ambos, o desejo em fazer dar certo mesmo com todas as adversidades que foram acontecendo. O objetivo traçado de fazer Bo Cruz jogar na NBA transformou esse sonho em vontade para não parar no meio do caminho e chegar lá", afirma Vianna.

 

3. Importância da inteligência emocional

Embora talentoso, logo no primeiro desafio que Cruz precisa enfrentar, ele é dominado pelas emoções e provocações de um jogador adversário. Em dado momento, no limite, o jovem quase parte para a violência física.

Stanley habilmente percebe que não basta treinar o jovem em aspectos físicos e técnicos, Cruz precisa desenvolver inteligência emocional. Por isso, os treinamentos nas quadras também abordam o autocontrole.

Fora isso, o jovem precisa de suporte emocional e Stanley chega a trazer a família de Bo Cruz para os Estados Unidos. Quando o novato consegue controlar as próprias emoções é também o seu momento de virada nas quadras.

 

4. Seja humilde e assuma os seus erros

"Stanley pratica muito a humildade. Ele entende suas imperfeições, aceita e trabalha com elas e seus acertos para atingir seus objetivos. E tem consciência que precisará das pessoas e de uma rede de apoio para alcançar seus objetivos", diz Vianna da Mappit.

 

5. Ter um mentor ou mentora é fundamental

Com um pai ausente, o filme deixa claro a necessidade que Bo Cruz sempre teve de ser autossuficiente e poucas vezes teve a oportunidade de mostrar vulnerabilidades e encontrar apoio. Stanley, ao decorrer da relação dos dois, inclusive, assume o papel dessa figura paterna que faltava na vida do jovem.

"Ter um mentor foi um dos principais fatores do sucesso de Bo Cruz atingir seus objetivos. A crença na capacidade e no potencial do atleta fez com que Stanley estruturasse um plano para fazê-lo chega à NBA, além disso ele se tornou um conselheiro, um amigo e alguém que de fora pode entender quais são as regras do jogo e ajudá-lo a chegar aonde quer", diz Vianna.

 

6. Ser obcecado por alta performance

Embora seja talentoso, desde o primeiro momento Stanley deixa claro para Bo Cruz que ele precisa treinar duro se quiser competir na liga profissional.

"Obsessão supera o talento. Você tem muito talento, mas é obcecado pelo basquete? É só nisso que você pensa?", dispara Stanley em dado momento.

"Para conquistar um espaço na principal liga de basquete do mundo, alta performance sempre é mais do que fundamental. Stanley consegue entender que Bo Cruz tem um alto potencial, mas precisa de uma direção, um norte e um plano de treinos, muitas vezes desgastantes, mas que preparam o jovem para enfrentar o draft", completa Vianna.

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