Martin Shkreli foi acusado de fraude de valores mobiliários em 2017. (Imagem: Reuters/Amr Alfiky/File Photo)
Por Vitória Martini | Moneytimes
Ex-executivo da indústria farmacêutica conhecido como “Pharma Bro”, Martin Shkreli aderiu à tecnologia blockchain para criar uma empresa que pretende sacudir essa indústria.
Shkreli lançou Druglike nessa segunda-feira (25) – uma empresa desenvolvida na Web 3.0, com foco na descoberta de medicamentos e centrada em softwares gratuitos para modelagem e configuração de compostos químicos, segundo Business Insider.
Em uma entrevista ao The Milk Road, Shkreli disse que Druglike “pode mudar o modo como medicamentos são feitos”.
O ex-executivo acrescentou que as licenças para softwares tradicionais de elaboração de medicamentos podem custar de US$ 50 mil a US$ 100 mil.
Em um comunicado à imprensa, Druglike disse estar desenvolvendo uma rede descentralizada que poderá beneficiar comunidades carentes, “como as que focam em doenças raras ou em mercados em desenvolvimento”, ao oferecer acesso às ferramentas da companhia.
Martin Shkreli foi condenado em 2017 por fraude de valores mobiliários pelo período em que comandou os fundos MSMB Capital e MSMB Healthcare.
Além disso, o ex-executivo respondeu a um processo por aumentar em 5.000% o preço de Daraprim, um medicamento prescrito para pacientes com aids e câncer, após Turing Pharmaceuticals – empresa em que era o CEO – obter a patente do remédio.
As acusações e o processo fizeram Shkreli ser conhecido como “o executivo mais odiado do mundo”. Ele foi preso em 2017 pelas acusações de fraude, mas foi solto em maio deste ano, após cumprir quatro anos e meio de uma sentença de sete anos de prisão.
Em paralelo à indústria farmacêutica
Na entrevista ao The Milk Road, o ex-executivo disse que Druglike “não é uma companhia farmacêutica”.
“Não queremos ser uma companhia farmacêutica. Eu nem posso [fazer isso]. Nós criamos um software e você elabora algo que pode ser um remédio”, disse Shkreli.
“Uma vez que você finalizar isso, você precisa sair da simulação para a realidade, mas isso já é trabalho de outra pessoa”, acrescentou.
O “executivo mais odiado do mundo” deverá ser liberado da custódia federal dos Estados Unidos em 14 de setembro.
*Com informações de Business Insider
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