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Em um movimento que reflete a crescente preocupação com a segurança corporativa, as gigantes farmacêuticas norte-americanas Johnson & Johnson (J&J) e Eli Lilly aumentaram significativamente os gastos com proteção de seus principais executivos em 2024. A decisão foi tomada após o trágico assassinato de Brian Thompson, executivo da UnitedHealth, ocorrido em dezembro do ano passado, do lado de fora de uma reunião de investidores da empresa. Informou a Reuters.

O incidente, que chocou o setor de saúde, destacou os riscos crescentes enfrentados por líderes corporativos em um ambiente de negócios cada vez mais polarizado. Thompson foi alvejado em Manhattan, em um ataque que, segundo fontes policiais, pode estar relacionado a frustrações com o sistema de saúde dos Estados Unidos. A tragédia gerou uma onda de indignação e levou empresas do setor a reavaliar suas estratégias de segurança.

 

Medidas de segurança reforçadas

A Johnson & Johnson, que já possuía protocolos de segurança robustos, quadruplicou os gastos com proteção executiva, atingindo cerca de US$ 103 mil para garantir a segurança pessoal e domiciliar de seu CEO, Joaquin Duato. Entre as medidas implementadas estão o uso obrigatório de motoristas armados e veículos blindados. 

Por sua vez, a Eli Lilly divulgou pela primeira vez seus gastos com segurança, que totalizaram US$ 73.630 para proteger o CEO David Ricks. A empresa justificou o aumento das despesas citando "ameaças crescentes" e a necessidade de proteger seus líderes em um momento de maior tensão no setor.

Além disso, ambas as empresas adotaram medidas preventivas adicionais, como a remoção de fotos de executivos de seus sites corporativos e o reforço da segurança em eventos da indústria. Essas ações refletem uma mudança significativa na abordagem de segurança, que anteriormente se concentrava em benefícios como jatos particulares e reembolsos limitados para segurança residencial.
Impacto no setor de saúde

O assassinato de Thompson não apenas abalou a UnitedHealth, mas também levantou questões sobre a segurança de executivos em um setor frequentemente criticado por consumidores insatisfeitos. A frustração com negações de cobertura médica e altos custos de saúde tem alimentado tensões, tornando líderes corporativos alvos potenciais de ataques.

Especialistas apontam que o incidente pode marcar o início de uma nova era de segurança corporativa, na qual empresas precisarão investir mais em proteção para mitigar riscos. "As ameaças estão se tornando mais sofisticadas e direcionadas, e as empresas precisam estar preparadas para lidar com essa realidade", afirmou um analista do setor.

 

Repercussão pública

A tragédia também gerou uma onda de reações nas redes sociais, com muitos expressando indignação e outros destacando a necessidade de mudanças no sistema de saúde. Enquanto isso, a polícia de Nova York continua investigando o caso, buscando identificar o autor e o motivo do ataque.
Para as farmacêuticas, o aumento nos gastos com segurança é um reflexo da necessidade de proteger não apenas seus líderes, mas também sua reputação em um ambiente de negócios cada vez mais desafiador.

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