A humildade torna os líderes mais eficientes.
[Imagem: Phong Nguyen Dinh/Pixabay]
by Diário da Saúde
Liderança que aprende com os erros
Embora alguns líderes possam acreditar que devem parecer perfeitos para suas equipes, pesquisadores descobriram que há benefícios em ser um líder que reconhece, reflete e aprende com seus erros.
Em quatro experimentos complementares, Jasmine Hu e colegas da Universidade de Ohio (EUA) constataram que, quando os líderes paravam para refletir sobre o que aprenderam com seus erros, eles mostravam mais humildade, uma qualidade conhecida por tornar os gerentes mais eficazes.
"Todo mundo comete erros - mesmo os melhores líderes inevitavelmente cometem - mas geralmente se espera que os líderes ajam de forma dominante, confiante e sejam as pessoas que consertam os erros em vez de cometê-los. E essa atitude pode na verdade torná-los menos eficazes," disse Jasmine.
Em termos que não chegam a surpreender, os líderes que refletem sobre os erros acabam iluminando o que os cientistas chamam de "seus próprios pontos cegos", questões às quais a pessoa não prestava atenção, e, desta forma, tornam-se líderes melhores.
Liderança e humildade
Pesquisas anteriores já haviam mostrado que, quando eles têm um líder humilde, os membros da equipe são mais propensos a compartilhar seus conhecimentos e expressar suas preocupações, reforçando seus comportamentos orientados para a melhoria geral.
A professora Jasmine destaca que "líderes humildes" são aqueles que reconhecem suas próprias limitações e erros, apreciam os pontos fortes e as contribuições dos outros e estão abertos a novos insights e feedbacks.
Ou seja, não é suficiente admitir o erro, é necessário refletir sobre ele e aprender como fazer melhor.
"O objetivo deve ser aprender com os erros, não apenas focar no que deu errado," concluiu a pesquisadora.
Artigo: When leaders heed the lessons of mistakes: Linking leaders recall of learning from mistakes to expressed humility
Autores: Jia (Jasmine) Hu, Shuxia Zhang, Robert B. Lount Jr, Bennett J. Tepper
Publicação: Personnel Psychology
DOI: 10.1111/peps.12570
Comentários