Fonte: Pixabay - Trabalho
De acordo com o mais recente levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há quase 12 milhões de brasileiros à procura de colocação no mundo do trabalho. Problema socioeconômico e, também, de saúde – pública, inclusive. Diversas pesquisas nos últimos anos, tanto de instituições do mercado como acadêmicas e científicas, têm apontado para a relação entre desemprego e casos de depressão, por exemplo.
Aumentar as taxas de emprego demanda uma série de ações de ordem macroeconômica e política. Mas, na ponta, serviços como o de recrutamento e seleção de pessoas dão uma contribuição decisiva para esse desafio. Afinal, são instrumentos responsáveis por fazer com que, de um lado, as empresas encontrem o profissional com o perfil adequado para suas vagas. De outro, trabalhadores localizem as vagas que mais satisfaçam seus objetivos e sonhos.
DESEMPREGO E SAÚDE PÚBLICA
Combinação fundamental para a empregabilidade e para a qualidade de vida. Ao fazer essa ponte no mercado de trabalho, entre empresas e candidatos, há contribuíção para minimizar essa situação crítica, por isso, o processo de recrutamento e seleção deve ser muito assertivo.
A relação entre desemprego e saúde pública ficou evidente durante o período da pandemia de Covid-19. Mas que é um problema constatado já há algum tempo. Em 2017, por exemplo, o Serviço de Proteção ao Crédito Brasil (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) publicaram um estudo – denominado “Impactos do desemprego: saúde, relacionamento e estado emocional” – com dados que evidenciam o transtorno que ficar sem trabalho representa para as pessoas.
DEPRESSÃO
De acordo com o estudo, 59% dos desempregados pesquisados afirmaram se sentir deprimidos ou desanimados; 63% estressados ou nervosos; e 62%, angustiados. A ansiedade acometia 70% dos entrevistados e a sensação de insegurança quanto à possibilidade de serem recolocados em um novo trabalho atingia proporção semelhante, 68%.
Dez anos antes do estudo do SPC Brasil e CNDL, uma pesquisa, das doutoras em Psicologia Janine Kieling Monteiro e Letícia Ribeiro Souto Pinheiro, alertava para os efeitos do desemprego na saúde das pessoas. Àquela altura, conforme assinalaram as autoras em artigo, ainda eram raros os estudos acadêmicos e científicos no Brasil dedicados a essa relação. Contudo, já havia evidências dos “agravos à saúde mental” – palavras delas – ocasionados pelas condições de desemprego.
DESESTRUTURAÇÃO DE LAÇOS
“Vê-se”, assinalam as pesquisadoras, “que as consequências adversas do desemprego podem acarretar a desestruturação de laços sociais e afetivos, a restrição de direitos, a insegurança socioeconômica, a redução da autoestima, o sentimento de solidão e fracasso, o desenvolvimento de distúrbios mentais, bem como o aumento do consumo ou dependência de drogas”. A empregabilidade é a base de nossos princípios.
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