(Pexels/Andrea Piacquadio/Divulgação)
Por Letícia Furlan
A crise do engajamento é global. É o que afirma um relatório da Gallup, representada pela consultoria Ynner no Brasil, que levou em consideração dados de abril de 2022 a março de 2023 de mais de 160 países. 77% dos trabalhadores sentem-se desengajados e 51% deles procuram um novo emprego.
No Brasil, a situação também é tensa e o número não é muito menor: 72%. “É ainda bastante impactante, já que os estudos mostram alta correlação entre engajamento e desempenho econômico-financeiro”, afirma Yuri Trafane, CEO da Ynner.
Além disso, o relatório observou uma relação entre estresse e engajamento. Enquanto 30% dos funcionários engajados disseram se sentir muito estressados, esse número saltou para 56% entre aqueles desengajados.
Uma análise da Gallup também percebeu que um funcionário engajado precisa de um aumento salarial de 31% para considerar trocar de emprego. Enquanto isso, o desengajado precisa de um aumento salarial de apenas 22% para deixar seu trabalho atual.
E o problema pode estar nos gestores, afirma Trafane. “Vemos uma liderança sem as competências adequadas para engajar os liderados, o que é extremamente perigoso, já que 70% na variância do engajamento é explicada pelo comportamento do superior imediato”, diz.
Mas isso não quer dizer que a situação esteja piorando de uns anos para cá. Pelo contrário. Em 2012, 87% das pessoas estavam desengajadas. “As empresas vêm investindo na capacitação das suas lideranças, o que está contribuindo para a melhoria. Mas a situação ainda é preocupante”, conclui o especialista.
Comentários