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Com mais de 20 anos de experiência internacional e regional em finanças, Alberto D’Angelo conta o que é mais importante para chegar nesse ponto da carreira

 

by Fernanda de Almeida | Forbes

 

10861988296?profile=RESIZE_400xDepois de mais de duas décadas trabalhando na área de finanças em farmacêuticas como Roche e Ferring, Alberto D’Angelo assume agora a diretoria financeira da Galderma, uma das maiores farmacêuticas voltadas a produtos de estética.  Para o executivo, que cursou administração, a formação profissional é a base, mas não é suficiente para se destacar no mundo das finanças. “Formação nas áreas de administração, economia e contabilidade são importantes para trazer um repertório técnico, mas eu costumo dizer que técnica se ensina, mas a atitude é ainda mais importante e valorizada.”

Essa atitude, segundo ele, envolve capacidade de aprendizado, curiosidade, habilidade de comunicação, adaptabilidade e pensamento crítico. Foi isso que o ajudou a crescer dentro de grandes empresas e ocupar posições em outros países, como Estados Unidos, Alemanha e Suíça. “Tudo começou quando fiz parte de um programa internacional de desenvolvimento de talentos em finanças pela Roche, onde pude vivenciar funções diferentes dentro da área e em países diferentes”, diz o CFO, que credita às experiências internacionais o desenvolvimento de uma liderança com foco nas pessoas e atenta às necessidades do negócio.

 

O C-Suite desta semana também traz movimentações nos setores de tecnologia, energia e finanças. Thiago Cesar Silva é o novo diretor de marketing da Samsung, Eduardo Grivot de Grand Court será presidente da Eletronuclear e Priscilla Achur assume como head de sales da startup Velvet, do ecossistema de capital de risco.

 

Forbes: Como sua formação te ajudou a chegar nesse ponto da carreira como CFO?

Alberto D’Angelo: Eu me formei em administração pelo Mackenzie, o que me deu uma boa base. Durante minha carreira, procurei focar mais em experiências desafiadoras dentro das empresas do que de fato investir em um MBA ou uma especialização, por exemplo. Por outro lado, eu sempre fiz cursos complementares que me ajudassem a ter uma bagagem técnica robusta.
 
F: O que as experiências internacionais trouxeram para a sua carreira?

AA: Trouxeram uma visão ampliada da importância da diversidade cultural na gestão empresarial. De um lado mais pessoal, a bagagem internacional me ajudou a criar atalhos em me adaptar a ambientes novos e tentar me integrar mais rapidamente aos times. No fim do dia, o papel do líder é criar as condições ideais para que as pessoas se desenvolvam e entreguem resultado da maneira mais sustentável possível.

F: Você tem uma longa experiência em farmacêuticas. Quais oportunidades você enxerga no setor hoje? 

AA: O setor farmacêutico segue tendo um potencial enorme de ajudar a sociedade a endereçar necessidades de saúde. É um setor que ganhou ainda mais relevância na pandemia e vejo como uma área super estimulante para quem quiser se desenvolver em um ambiente rico em oportunidades e desafios, especialmente naquelas casas que tem um foco maior em inovação e pesquisa.

F: Você passou 18 anos na Roche. Qual a vantagem de construir carreira numa mesma empresa? 

AA: Dentro de uma mesma empresa, a vantagem principal é a possibilidade mais ampla de poder se aventurar em funções diferentes e ganhar experiências diversas que te permitam se tornar um profissional mais completo – o que eu pude fazer ao navegar entre áreas de finanças e em outros países e até no negócio, por exemplo. Dificilmente eu teria conseguido essa bagagem se buscasse no mercado ao invés de ter apostado em uma mesma empresa.

Para crescer na empresa, eu sempre recomendo que o profissional tente manifestar o interesse aos gestores em tentar buscar desenvolver os 3 E’s (educação, experiência e exposição). Se não for um curso, por exemplo, que seja um projeto novo ou job rotation em uma nova área. É essencial ser curioso e tomar um pouco de risco, sem isso não se cresce.

F: O que você indica para quem quer chegar a um cargo de direção em uma multinacional?

AA: Tenha apreço por lidar com as diferenças, que tenha prazer em desenvolver pessoas e aproveite as oportunidades de atuar com outros países e outras culturas. No fim do dia, o desafio do diretor é menos técnico e mais de articulação, motivação e gestão de mudança.

F: O que você gostaria de ter ouvido no início da carreira que poderia ter feito a diferença?

AA: Não tenha receio de ousar.

 

Por quais empresas já passou

Roche (de 2002 a 2020), Ferring (2020 a 2022) e Galderma como CFO

Formação

Administração de empresas no Mackenzie

Primeiro emprego

Estagiário em uma empresa de logística, a Itatrans, em 2001

Primeiro cargo de liderança

Gerente de novos negócios na Roche

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