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por Joni Mengaldo

 

Em um ambiente corporativo em constante transformação, o maior desafio das empresas não é apenas acompanhar o ritmo do mercado, mas garantir que suas equipes cresçam sem perder o vínculo com a cultura que as sustenta.

O treinamento corporativo, quando bem estruturado, é uma das ferramentas mais poderosas para alinhar pessoas, propósito e desempenho.

No entanto, para que gere impacto real, ele precisa ser construído de forma personalizada, respeitando a identidade da organização, os desafios das equipes e os objetivos estratégicos do negócio.

A pesquisa chega à sua 20ª edição, com 443 empresas respondentes de todos os setores e portes, trazendo os principais indicadores e tendências de T&D no Brasil.

 

 

🔥 Principais Destaques

1. Investimentos em T&D

  • 89% das empresas têm orçamento anual definido.

  • O investimento ficou estável em relação ao ano anterior.

  • Valor médio por colaborador varia bastante conforme o setor:

    • Indústria e serviços → maiores investimentos

    • Comércio → 15% menor

    • Administração pública → 25% menor

  • Média histórica dos últimos 10 anos: 21h de treinamento por colaborador/ano.

 

Critérios mais usados para definir orçamento:

  1. Orçamento do ano anterior

  2. % da folha

  3. Planejamento estratégico

  4. LNT/DNT

  5. PDI (crescendo bastante)

 

 

2. Volume de Treinamentos

  • Houve crescimento constante das horas treinadas ao longo dos anos.

  • 26 horas/ano por colaborador em 2025.

 

 

3. Formato dos Treinamentos

A proporção se estabilizou:

  • 50% presencial

  • 50% online/EAD, sendo:

    • 19% online ao vivo

    • 31% assíncrono

Antes da pandemia, era 70% presencial vs 30% online, mostrando que o digital se consolidou.

 

4. Tamanho da área de T&D

  • A proporção é relativamente estável:

    • Média Brasil → 1 profissional de T&D para cada 648 colaboradores.

Empresas maiores têm estrutura mais robusta.

 

5. Estratégias de T&D

Principais processos presentes nas empresas:

  • Onboarding (95%)

  • Pesquisa de clima (79%)

  • Avaliação por competências (80%)

  • Gestão de talentos (83%)

  • Universidade corporativa (61%) – crescendo rápido

  • Programas de diversidade e saúde mental entraram com força em 2025

 

 

6. Distribuição dos investimentos

 

Por público:

  • 51% líderes

  • 49% não líderes

 

Por conteúdo:

  • Líderes → foco comportamental

  • Não líderes → foco técnico

 

Por área (não líderes):

  • Operação: maior volume

  • Comercial: cresceu bastante em 2025

  • Administrativo: estável

 

 

7. IA em T&D

Explodiu em 2025:

  • 69% usam IA para criar conteúdo (ano passado era só 8%)

  • 51% de aumento no uso geral de IA em T&D

  • Apenas 17% não utilizam IA

Usos principais:

  • Criação de aulas, vídeos, imagens

  • Avaliações de conhecimento

  • Assistente de aprendizagem

  • Personalização de trilhas

 

 

8. On the job

O treinamento no local de trabalho caiu:

  • 30% das empresas disseram não usar mais essa modalidade.

Mais comuns:

  • Troca de conhecimento entre colaboradores (71%)

  • Mentoria interna (36%)

  • Job shadowing (29%)

 

 

9. Avaliação de Resultados

  • 92% das empresas medem eficácia das ações de T&D.

  • Mas houve queda na avaliação de impacto e ROI este ano.

 

Indicadores mais usados:

  • Clima organizacional (44%) – cresceu muito

  • KPIs de negócio (34%)

  • Avaliação de desempenho (28%)

  • Cumprimento do plano de treinamento (27%)

  • Aplicabilidade (26%)

 

Avaliações (modelo Kirkpatrick):

  • Reação → 71%

  • Aprendizado → 38%

  • Aplicabilidade → 11%

  • Resultados/impacto no negócio → 3%

  • ROI → 1%

Ou seja: as empresas treinam mais, mas há pouca profundidade na avaliação.

 

 

10. Tendências para 2026

  • IA aplicada ao T&D

  • Conteúdos individualizados

  • Microlearning

  • Cultura e liderança

  • Plataformas de aprendizagem

  • Desenvolvimento de líderes

  • Métodos ágeis

  • Treinamentos online e híbridos

  • Universidades corporativas

  • Foco em resultados e alinhamento estratégico do T&D

 

 

📌 Resumo final em 5 linhas

  • O T&D no Brasil segue estável em investimento, aumentando o volume de horas por colaborador e consolidando o formato híbrido (50% presencial/50% online).
  • O uso de IA explodiu e se tornou parte central da criação de conteúdos.
  • Líderes recebem mais foco comportamental; não líderes, mais técnico.
  • As empresas estão treinando mais, mas avaliando menos profundamente os resultados.
  • O setor de comércio é o que menos investe e menos treina.

 

VEJA A PESQUISA COMPLETA DA ABTD AQUI

 

 

 

 

Joni Mengaldo