20 fatos sobre o Viagra, o azulzinho que completa 20 anos

vt1.png?w=1024&h=717&width=600(Montagem/Revista VIP)

Selecionamos 20 coisas mais ou menos úteis que você precisa saber sobre o célebre medicamento para a sexualidade masculina.

1. Antes dele, era tudo injeção, prótese e bomba

A disfunção erétil é tão antiga quanto o sexo. Antes da era cristã já havia registros de tratamentos com poções à base de ervas. Desde então, as coisas evoluíram – mas não muito.

Até 1998, quando o Viagra (citrato de sildenafila) entrou no mercado, as opções para quem sofria de algum grau de disfunção erétil eram poucas e complicadas.

“A gente usava Trazodona, um antidepressivo, e Ioimbina, ambos com taxa de resposta baixa, de 20, 30%”, lembra Carlos Da Ros, chefe do departamento de andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

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(Pixabay/Reprodução)

“A injeção é usada até hoje, com taxa de resposta até mais alta que a do Viagra. Mas a cada vez que o homem vai ter uma relação sexual, precisa dar uma injeção no pênis. Não é no músculo ou na veia – é no pênis”, reforça.

Além da injeção, havia – e há –, como última solução, a prótese peniana. Ela pode ser maleável (com dois tubos de silicone) e inflável, que inclui uma bomba de ar no saco escrotal que é acionada para fazer o pênis crescer.

 

2. Ninguém reclamou do efeito colateral

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 (Pixabay/Reprodução)

O primeiro registro do laboratório Pfizer de pesquisa com o citrato de sildenafila data de 1989, e ele inicialmente destinava-se a curar a angina – forte dor no peito causada pelo estreitamento das artérias que levam sangue ao coração.

Três anos mais tarde, apareceram os primeiros relatos de ereções como efeito colateral. Em 1993, o medicamento mostrou-se definitivamente ineficaz no propósito inicial. No mesmo ano, a Pfizer direcionou a primeira pesquisa destinada ao tratamento da disfunção erétil.

Depois de um longo caminho de testes e estudos, em 27 de março de 1998 o Viagra foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), agência norte-americana responsável, entre outras coisas, pelo controle dos medicamentos que entram naquele mercado.

 

3. Três manchetes que só o Viagra poderia nos proporcionar

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(Divulgação/Reprodução)

“Chef francês é processado após servir bife ao molho de Viagra em seu restaurante em Thonon-les-Bains” (21/10/1999)

“Moradores de cidade que fabrica Viagra dizem que fumaça causa ereção” (07/12/2017)

“Jogadores do San Lorenzo vão usar Viagra contra a altitude de La Paz” (29/07/2014)

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4. “O Viagra fez mais pelos humanos que o marxismo”

– Luiz Felipe Pondé

 

5. Ereção é o que interessa, o resto não tem pressa

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(Pixabay/Reprodução)

O Viagra prolongou o tempo de vida sexual, mas teve outra consequência importante: fez o homem entender que a disfunção erétil é um problema de saúde, física ou emocional.

Segundo Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), foi um momento em que o homem percebeu a falha de ereção como um marcador de saúde.

“Ele entendeu que a falha repetitiva está associada a diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares ou à depressão e ansiedade – ou com problemas das duas naturezas, física e psíquica. Assim, passou a ir mais ao médico e melhorar a qualidade de vida”, diz.

 

6-9. Os números não mentem

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(Montagem/Revista VIP)

› Cerca de 130 milhões de comprimidos de Viagra foram consumidos no Brasil entre 1998 e 2017.

› Entre os brasileiros com mais de 40 anos, 45% têm algum tipo de disfunção erétil: 31% leve, 12% moderada e 2% completa. O número é bem próximo ao dos indicativos de outros países.

› Viagra no Brasil é um negócio de 44 milhões de reais por ano. A estimativa é que o mercado global de medicamentos contra a disfunção erétil represente algo em torno de 3,2 bilhões de dólares em 2022, segundo a Grand View Research Inc.

› A pesquisa Mosaico 2.0, coordenada por Carmita Abdo e divulgada em 2016, trouxe um raio X da sexualidade pós-Viagra. No topo dos temores sexuais do brasileiro, apareceu não satisfazer a parceira (54,8%), à frente do medo de perder a ereção (46,9%) e da ejaculação precoce (42%).

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10. Quatro estrangeiros que admitiram publicamente usarem ou já terem usado a pílula azul

1- Michael Douglas

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(Matt Carr/Revista VIP)

2- Ozzy Osbourne

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(Getty Images/Reprodução)

3- Hugh Hefner

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(Getty Images/Reprodução)

4- Jack Nicholson

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(Getty Images/Reprodução)

11. Quatro brasileiros que admitiram publicamente usarem ou já terem usado a pílula azul

1- Roberto Justus

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(Julia Rodrigues/Revista VIP)

2- Marcos Pasquim

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 (Divulgação/Reprodução)

3- Amaury Jr.

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 (Divulgação/Reprodução)

4- Zezé Di Camargo

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 (Ivan Pacheco/Reprodução)

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12. Tu falas, eles falam, eu falaria

No Brasil, o garoto-propaganda foi um homem que supostamente não precisava de Viagra.

“Fale com o seu médico. Eu falaria…”, dizia Pelé.

“A manifestação foi uma iniciativa dele. Nosso objetivo era chamar a atenção para o homem que tinha dúvida se deveria procurar um médico”, diz Eurico Correia, diretor médico da Pfizer Brasil.

A ideia que ficou foi: brasileiro não broxa nem no comercial de Viagra.

 

13. O “Viagra feminino” já existe, mas os resultados…

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 (Divulgação/Reprodução)

Em 2015, a FDA aprovou a venda do Addyi. O “Viagra feminino” era estudado para combater depressão e apresentou, como efeito colateral, melhora na função sexual das mulheres.

“Mas ele tem se mostrado bastante ineficiente, com efeitos colaterais como tontura, sonolência, náusea e fadiga. A única explicação para a aprovação pelo FDA é a busca por uma postura antissexista”, diz Gerson Pereira Lopes, vice-presidente da Comissão Nacional de Sexologia da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia.

 

14. Não podem

Pacientes que tomam remédios à base de nitrato, normalmente utilizados por quem teve infarto ou angina. A interação entre os medicamentos pode ser perigosa.

 

15. Mitos sobre a pílula azul

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 (Pixabay/Reprodução)

Mito 1: a alimentação atrapalha seu efeito. “Comida muito pesada deixa a absorção de qualquer medicação mais lenta, mas não é a regra”, diz Carlos Da Ros.

Mito 2: quem se empolga pode ter overdose. “Pacientes com hipertensão pulmonar usam doses altíssimas do remédio com intuito de manter a artéria pulmonar dilatada. A dose tóxica é muito alta, muito distante do que se usa.”

Mito 3: ele provoca alterações visuais, que podem causar perda de visão.

16. O Brasil foi o 2º país do mundo a comercializar o Viagra, em junho de 1998

 

17. Efeitos colaterais mais comuns dos remédios no mercado para combater disfunção erétil

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(Pixabay/Reprodução)

› Rosto vermelho e quente

› Nariz entupido

› Dor de cabeça

› Dor nas costas e nas pernas (Cialis)

 

18. A impotência na sala de estar

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 (Divulgação/Reprodução)

Sucesso de audiência da história, a novela Laços de Família abordou a impotência em 2000: a discussão estava na sala de estar.

“Durante muito tempo, homens sofreram com o problema imaginando que não deveriam reclamar desse tipo de coisa”, avalia Eurico Correia.

“Não é mérito só do Viagra, mas ele abriu uma conversa.”

 

19. O Viagra não está sozinho

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 (Divulgação/Reprodução)

Em 2003 veio a concorrência: Cialis (tadalafila), com efeito de até 36 horas, e Levitra (vardenafil), com várias dosagens.

Depois, vieram Helleva (carbonato de lodenafila) e Zydena (udenafila). “Eles tornaram o tratamento quase personalizado”, diz Carmita Abdo.

Tem vida sexual mais frequente? Cialis é melhor. Quer intensidade de ereção? Viagra. Gosta de beber antes do sexo? O Levitra tem melhor absorção.

Há também hoje genéricos de Viagra e Cialis, que perderam a patente.

 

20. Como será o amanhã?

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 (Divulgação/Reprodução)

O que o futuro reserva? Não muito, segundo os especialistas. Mas é por um bom motivo: o que há no mercado é satisfatório para (quase) todo mundo.

“Diante da necessidade do medicamento de forma contínua por problemas de saúde, estamos conseguindo discutir a prevenção”, diz Carmita.

“A taxa de resposta das medicações orais é acima de 80% – isso em medicina é fantástico. Talvez o desafio seja tentar achar algo para atender aos 20%, mas não há nada no forno”, ressalta Carlos Da Ros.

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