A era da indústria digital

Colaboração entre mentes e máquinas gera mais eficiência e vai mudar a maneira como trabalhamos, criando novas oportunidades e tornando nossa rotina mais gratificante


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REVISTA GALILEU
POR EQUIPE CAMINHOS PARA O FUTURO

A inovação sempre foi o ingrediente mais poderoso para nos ajudar a produzir mais usando menos recursos. Cada revolução tecnológica teve um grande impacto na maneira como vivemos, transformando a economia, criando empregos, ajudando a nos comunicar melhor e aumentando nossa qualidade de vida. Agora, já estamos em uma nova era. A tecnologia está impulsionando ainda mais a produtividade do setor industrial, permitindo que máquinas sejam capazes de enxergar, ouvir e enviar dados pela internet em tempo real, para que sejam operadas de maneira muito mais eficiente.

INTERNET INDUSTRIAL

A Internet das Coisas permite que dispositivos físicos se conectem à internet, transferindo dados sem a necessidade de ajuda humana. A aplicação industrial dessa tecnologia permite o monitoramento e a análise avançados de máquinas, evitando o desperdício de recursos e tornando as indústrias mais eficientes. Os fatores-chave para esse avanço são a redução do preço e do tamanho de sensores e o aumento da velocidade da internet. A grande quantidade de dados gerada também precisa ser armazenada, organizada e analisada. É aí que entra a nuvem: “As computações feitas por algoritmos que são baseados em Machine Learning (aprendizado de máquinas), quando feitas em larga escala, exigem um poder de processamento paralelo na nuvem. Isso dá inteligência ao algoritmo, permitindo que a máquina reaja em tempo real”, diz Marcelo Blois, líder de Software & Analytics do Centro de Pesquisas Global da GE.

SAÚDE CONECTADA

Plataformas digitais podem suprir o setor de saúde com novas estratégias de negócios que levem a um ganho tanto de produtividade como de qualidade. Além disso, a coleta e a análise de dados podem trazer insights valiosos, seja na identificação de tendências, na otimização de recursos ou na melhoria de fluxos de trabalho. Assim o potencial humano é mais bem aproveitado, deixando os profissionais livres para se dedicarem aos pacientes. “Estamos atuando como uma consultoria na área da saúde. Com soluções customizadas é possível acompanhar o crescimento dos negócios, ajudar na tomada de decisões com base em dados e estatísticas, além de auxiliar na escolha de melhores estratégias para obter um alto índice de produtividade”, destaca Daurio Speranzini Jr., presidente e CEO da GE Healthcare para a América Latina.

FÁBRICAS INTELIGENTES

As máquinas ganham vida dentro de fábricas, onde precisam funcionar como se fossem um único organismo: um sistema complexo de partes que precisam trabalhar juntas. Quando uma delas falha, uma linha de montagem inteira pode parar. Agora, elas estão se tornando inteligentes e conseguem nos mostrar o que os nossos olhos não conseguem ver. Como o gestor de uma planta industrial tem acesso à performance dos equipamentos de uma fábrica em tempo real, ele tem condição de agir de maneira mais eficiente, pois uma máquina pode avisar que vai apresentar uma falha antes do prazo previsto de manutenção. São informações que ajudam a prever problemas com semanas e até mesmo meses de antecedência, evitando paradas na linha de montagem e garantindo que elas funcionem no topo de sua eficiência.


TRANSPORTE EFICIENTE

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A locomotiva Evolution ES43BBi, fabricada pela GE na unidade de Contagem (MG), é um exemplo da nova geração de trens inteligentes. “Ela conta com cerca de 250 sensores que capturam parâmetros internos, como o desempenho do motor e do escapamento, e também externos, como a condição da malha ferroviária. Ou seja, ela é inteligente porque, além de ser eficiente, se comunica e consegue se autodiagnosticar, identificando problemas e prevenindo falhas durante sua operação”, diz Lucas Vargas, do Programa de Aviação e Transporte no Centro de Pesquisas Global da GE. Cada hora de operação da GE Evolution chega a enviar 9 milhões de dados, que são analisados em tempo real por softwares como o Trip Optimizer, uma espécie de piloto automático para trens de carga. Dependendo das características da rota, do peso do trem e de outros fatores, o uso desse sistema pode resultar em uma economia de combustível que varia de 3 a 17%.

PREDIX

Como as diversas indústrias conseguem conectar e analisar dados de dispositivos tão distintos quanto motores de avião e equipamentos para campos de petróleo? A resposta da GE Digital está na Predix, plataforma de software que permite que dados coletados por sensores, nos dispositivos industriais, sejam armazenados e organizados na nuvem e acessados, em tempo real, por meio de aplicativos que mostram as informações operacionais para as pessoas certas, na hora certa. Assim como o Android e o iOS são plataformas para se desenvolverem aplicativos para smartphones, a Predix é a plataforma para as indústrias desenvolverem  aplicativos de um jeito simples e em um ambiente seguro. Todo esse volume de dados industriais demanda novos padrões de segurança, e é por isso que a Predix funciona em um novo tipo de nuvem, com protocolos de segurança e poder de processamento de nível industrial. Ao contrário dos serviços de nuvem de acesso público, a nuvem da Predix funciona como um condomínio fechado, que só é acessado por clientes da GE que pertencem ao ecossistema industrial.

IMPACTO ECONÔMICO

A Internet Industrial está transformando as indústrias em setores que contabilizam mais de US$ 32,3 trilhões em atividade econômica, evitando desperdícios e reduzindo custos. Em uma visão conservadora, mesmo com somente 1% de melhoria na eficiência de cada setor, os resultados econômicos serão substanciais, como US$ 63 bilhões na redução de ineficiência no setor de saúde. Essa nova onda de inovação vai mudar a maneira como trabalhamos, criando novas oportunidades e tornando nossa rotina mais eficiente e mais gratificante. “Nós passamos pela mecanização da agricultura e a automação da indústria, e o resultado disso foi a criação de mais empregos. Isso porque a inovação disruptiva é fundamentalmente sobre crescimento: ela torna produtos mais acessíveis, cria novas demandas e novos empregos”, afirma Marco Annunziata, economista-chefe da GE.

Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial sobre o impacto econômico da Internet Industrial, as novas tecnologias vão ajudar a empoderar trabalhadores, e não substituí-los. A indústria digital vai redefinir os cargos atuais e quebrar barreiras entre as disciplinas tradicionais e a demanda por habilidades multidisciplinares. A previsão de Cathy N. Davidson, especialista em inovação da educação é de que 65% das crianças de hoje irão trabalhar, no futuro, em carreiras que ainda não existem.


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