Usado de forma recorrente e muitas vezes sem critério no ambiente corporativo, o termo inovação já começava a ficar obsoleto. Até que a pandemia do novo coronavírus impôs a necessidade de reinvenção para a maior parte das empresas, em todo o planeta. E a inovação voltou à ordem do dia. Agora, atualizada: a Inovação 4.0.
Renata Horta
Isto É Dinheiro
A inovação consiste em um conjunto de novas ideias que são implementadas com sucesso econômico e geração de valor para o cliente e para a empresa. Independentemente do tipo ou da classificação, é natural que a forma de fazer a inovação tenha acompanhado a história do desenvolvimento da indústria.
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Hoje, chamamos de Indústria 4.0 o processo de renovação das cadeias produtivas a partir de tecnologias que permitem um ganho transformacional e uma gestão mais inteligente.
Da mesma forma, o termo Inovação 4.0 reconhece um momento que se demanda novos processos de gestão da inovação nas grandes empresa. A crise causada pela pandemia fez com que muitas barreiras à inovação caíssem, forçando as empresas a correrem mais riscos e acelerando esse novo estágio da inovação. Elas estão intensificando sua capacidade criativa, sua flexibilidade e desenvolvendo novas habilidades que são as alavancadas para acelerar a capacidade de inovar.
O conceito de Inovação 4.0 precisa amadurecer com a contribuição de empresas e academia, mas algumas características são ponto de partida para esse conceito:
COLABORAÇÃO As empresas se tornam efetivamente mais abertas à participação de diferentes áreas, pessoas, parceiros e clientes no processo de inovação. Co-desenvolver, colaborar e co-criar se tornam naturais.
Descentralização A inovação no centro da estratégia das empresas e impulsionando o processo de Transformação Digital, que pode mover a empresa para novos mercados e negócios. Isso gera necessidade de envolver todas as áreas da empresa na geração de inovação.
Uso inteligente de dados Quantas ideias a empresa gerou ou implementou no ano? Quais são os resultados gerados e previstos para esses projetos? O custo de responder essas perguntas hoje é enorme, mas uma gestão onipresente está nascendo através de ferramentas inteligentes de acompanhamento.
Cultura A gestão da inovação deixa de ser processual e passa a ser cultural. A cultura determina o que é considerada a forma certa de fazer as coisas. Se dar ideias e tentar novos caminhos para melhorar a performance não for um elemento compartilhado pelos colaboradores, é de se esperar resultados medianos e processos de inovação cheios de obstruções.
Ousadia Quando o mais arriscado é não fazer nada, muitas empresas têm se movimentado muito além de sua zona de conforto, preparando a organização para trabalhar inovações com maior nível de ousadia.
Impacto O cenário de investimento de impacto tem se tornado cada vez mais relevante. Investidores de todo o mundo trazem mais consciência para seu capital. Isso chega nas empresas através da pressão de investidores para uma prática mais sustentável, e da expectativa de seus clientes quanto à atuação delas. Esse movimento faz com que a estratégia de inovação da empresa incorpore rotas de impacto em um ciclo muito positivo para o mundo.
Não é a tecnologia em si que faz a inovação evoluir, mas o uso e entrelace dela com os processos inerentemente humanos da gestão e da tomada de decisão. A Inovação 4.0 é o momento em que a inovação passa a ser guiada e conduzida por novos paradigmas.
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