9849475469?profile=originalO Mercado Farmacêutico não para de crescer e o Brasil é um territorio bastante promissor neste setor. Estima-se que em 2017, o Brasil ocupará a 6ª posiçao deste disputado mercado, avaliado em 791,4 bilhões de dólares.

Tal demanda não tem origem em apenas um único fator. O aumento crescente no mercado de genéricos, além da enorme produção de medicamentos similares, produzidos por conta de expirações ou quebras de patentes, fazem com que as indústrias farmacêuticas desbravem os mais promissores territórios, em busca de consolidarem ainda mais os seus negócios. Além disso, uma demanda e acesso crescentes da população para a atenção sanitária somam-se também a esses fatores.

Embora a demanda por medicamentos e novas tecnologias cresçam significativamente, o Brasil gasta pouco mais que 4% do PIB em saúde, representando cerca de R$ 127 bilhões. Tal valor é bastante inexpressivo, se comparado aos países desenvolvidos como os Estados Unidos, França e Canadá que investem acima dos 10% do seu PIB em saúde. Esta diferença expõe uma certa vunerabilidade da estrutura e serviços de saúde do país, mas não foge da realidade mundial, com relação ao processo genérico de se reduzir custos na implantação e execução de serviços. Hospitais e empresas privadas prestadoras de serviços de saúde, também visam a redução de seus gastos, acompanhando esta tendência.

Curiosidade ou não, as indústrias farmacêuticas que vêem seus lucros aumentarem consideravelmente também estão trabalhando em prol das otimizações e reduções de seus custos. Alguns diretores de grandes empresas já se pronunciaram com relação à redução de custos, como o caso da Merck, ao anunciar que seu principal desafio para 2012 é o corte de custos de maneira estratégica.

Diante deste cenário, a área da Farmacoeconomia ganha cada vaz mais espaço e passa a tornar-se impressindível em todo este processo, já que disponibiliza de modo preciso e eficaz, ferramentas que auxiliem a otimização de gastos e o direcionamento de recursos para áreas promissoras, possibilitando desta forma, o ganho nos lucros.

A Farmacoeconomia visa descrever, analisar e comparar custos e desfechos de tratamentos medicamentosos, podendo focar-se nas necessidades da sociedade e dos orgãos prestadores de serviços de saúde (clínicas, hospitais, convênios), na realidade das políticas públicas do país, bem como respaldar a indústria farmacêutica em suas estratégias para novos mercados.

No Brasil tal necessidade de se realizar estudos farmacoeconômicos está cada vez mais evidente. De forma bastante interessante, o tema veio à tona por meio de um questionamento do Poder Judiciário ao Ministério da Saúde (MS), durante os frequentes debates entre os orgãos nos processos de Demandas Judiciais de Saúde, em relação ao modo que o MS estipula seus gastos com saúde nos trâmites de implantação de novas tecnologias.

Como o Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza o atendimento universal e igualitário a todos os brasileiros, o MS em conjunto com a ANVISA reconhecem as análises farmacoeconômicas como objeto funtamental na implementação de novas políticas públicas no país, bem como discutem formas de estimularem cada vez mais as insdústrias farmacêuticas a

Análises farmacoeconômicas se diferenciam de acordo com o propósito de avaliação e o desenho da mesma, devendo levar em conta o real interesse da instituição em foco, sem perder a fidedignidade dos dados prestados. Os principais tipos são:

Análise de Minimização de Custos;

Análise de Custo-Benefício;

Análise de Custo-Efetividade;

Análise de Custo-Utilidade;          

A grande questão ainda diverge sobre quando deveriam se efetuar os Estudos de Farmacoeconomia. De acordo com os países que já utilizam essas ferramentas em sua rotina junto às agências reguladoras, as indústrias farmacêuticas apresentam um banco de dados interessante e preciso relacionado a informações dos pacientes e seus resultados obtidos durante os estudos clínicos realizados durante a fabricação de um novo medicamento.

Durante o programa de investigação clínica com seres humanos de uma nova droga, torna-se possível realizar estudos farmacoeconômicos nas distintas fases dos estudos clínicos (I, II, II, IV), onde terão razões e funções claras em cada etapa, respaldando a indústria durante o desenvolvimento de novas tecnologias.

Infelizmente são poucas as indústrias farmacêuticas no Brasil que se utilizam dos enormes beneficios do desenvolvimento de Estudos Farmacológicos.Ppoucas empresas avaliam economicamente suas tecnologias e as fazem de forma questionável, já que este setor encontra-se distante das áreas de Pesquisa Clínica e Assuntos Regulátorios, que se apresentam como campo ideal para a realização deste tipo de análise e ligam-se a área de marketing, limitando todo o potencial de ação destas análises.

A julgar pela forma de como se tem desenvolvido a Farmacoeconomia no Brasil, a abordagem dos estudos visa predominantemente a rentabilidade econômica (ou na melhor das hipóteses, a contenção de custos). Uma análise com uma abordagem macroeconômica do problema de recursos disponíveis, muitas vezes limitados, em relação às necessidades globais seria muito mais positiva na descoberta de formas terapêuticas, podendo ainda colaborar com a promoção do uso racional de medicamentos.

Sendo assim, os métodos de análise deverão ser realizados principalmente, para a defesa e promoção da saúde, ao invés de mera promoção comercial. Cabe a todos os atores envolvidos buscar uma estratégia em caráter imediato, como forma de otimizar seus gastos, com geração de lucros, além de fortalecer ainda mais o mercado farmacêutico, porém, fazendo-o de modo conivente, adequado e ético para toda a sociedade.

 

Por Marcela Junqueira Brunelli

Gestão em Pesquisa Clínica e Assuntos Regulatórios

 

Para ler o texto na íntegra, acesse http://www.

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