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A farmacêutica Adium lança no mercado brasileiro o Yondelis® (trabectedina) para tratamento de sarcomas avançados de tecidos moles, que são tumores raros e de difícil diagnóstico, acometendo 1,7 a cada 100 mil habitantes. O lançamento amplia o arsenal terapêutico contra a doença, que dispõe de poucas alternativas.
 
Os sarcomas de partes moles são todos os tumores provenientes do tecido conectivo, como músculos, tendões, vasos sanguíneos, células de gordura e cartilagens. Existem mais de 100 subtipos. As regiões mais afetadas são braços e pernas, com metade dos casos, seguido pelo tronco, com 40% dos diagnósticos. Cabeça e pescoço juntos somam os 10% restantes¹. 
 
Apesar da quantidade de subtipos, esses sarcomas são raros e respondem por menos de 2% dos diagnósticos oncológicos na população adulta. Nos Estados Unidos, são registrados mais de 13 mil novos casos por ano. No Brasil, não existem estatísticas para esse tumor². 
 
“A aprovação desse medicamento ajuda a preencher uma lacuna no tratamento de sarcomas, uma área com poucas opções terapêuticas eficazes. É um marco importante, que vai impactar positivamente a vida de muitos pacientes”, avalia a oncologista Dra. Bruna David, pesquisadora clínica do INCA (Instituto Nacional do Câncer) e líder nacional do Grupo Oncoclinicas para a área dos sarcomas.
 
A trabectedina é indicada para o tratamento de pacientes adultos com sarcoma avançado dos tecidos moles, após falha de antraciclinas e ifosfamida, ou pacientes que não são elegíveis para receber esses agentes3. Estudos demonstram que a terapêutica aumenta a sobrevida livre de progressão, controla a doença e traz resposta objetiva em percentuais clínica e estatisticamente significativos4. 
 
 
Sintomas inespecíficos
 
Como podem afetar qualquer parte do corpo, os sarcomas de tecidos moles podem ser assintomáticos nas fases iniciais ou apresentarem sintomas inespecíficos. “De maneira geral, os sinais da doença incluem a presença de uma massa, edema ou alterações na sensibilidade da área afetada. É raro que a doença apresente sintomas como febre, perda de peso ou fadiga”, alerta a Dra. Bruna, complementando que pequenos caroços, com tamanho semelhante ao de bolinhas de pingue-pongue, devem ser considerados como potenciais sarcomas.
 
Para fechar o diagnóstico, são realizados exames de imagens, como ultrassonografia, radiografia, tomografia e biópsia. O procedimento diagnóstico recomendado para o paciente dependerá de fatores como o tamanho, subtipo e localização do tumor5. 
 
“É importante ressaltar que, devido à sua raridade e à diversidade de subtipos dentro dessa condição, o tratamento deve ser conduzido por profissionais capacitados na área. Estudos demonstram que a abordagem especializada impacta positivamente no prognóstico do paciente. Além disso, quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores são as chances de sucesso no tratamento”, recomenda a especialista. 
 
 
Referências 
  1. Grupo Oncoclinicas. Sarcomas de partes moles. Disponível em: https://grupooncoclinicas.com/tudo-sobre-o-cancer/tipos-de-cancer/sarcomas-de-partes-moles. Acesso 14/03/2025.
  2. Oncoguia. Estatísticas para sarcomas de partes moles. Disponível em: https://www.oncoguia.org.br/conteudo/estatistica-para-sarcoma-de-partes-moles/2785/493/. Acesso 14/03/2025.
  3. Bula Yondelis, Adium, 2024
  4. Demetri G, et al. J Clin Oncol. 2016; 34(8):786-93
  5. Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. O que são os sarcomas de partes moles? Disponível em: https://sbco.org.br/o-que-e-sarcoma-de-partes-moles/. Acesso 14/03/2025.

 

Fonte: Adium

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