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by Ana Bottallo - Folhapress

 

A FDA, a agência americana de regulamentação de medicamentos e alimentos nos Estado Unidos, suspendeu na última quinta (26) a autorização para uso emergencial do tratamento contra Covid da AstraZeneca, o Evusheld.

A avaliação do órgão é que o medicamento não tem evidência de neutralização (ou seja, de impedir a ação celular) das subvariantes da ômicron, incluindo a XBB.1.5, que é atualmente dominante no país americano.

No início do mês, a FDA já havia emitido um alerta sobre a provável perda de eficácia do medicamento contra as sublinhagens da ômicron.

Composto de dois anticorpos monoclonais, o cilgavimabe e o tixagevimabe, o tratamento era indicado para pessoas com risco de desenvolver para o quadro grave de Covid.

No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso emergencial em dezembro do último ano como tratamento para a Covid. Até então, ele só era autorizado para uso como profilaxia pré-exposição, isto é, para quem ainda não se infectou com o coronavírus mas apresenta algum risco de exposição.

A reportagem solicitou informações à Anvisa se o Evusheld também pode ter seu uso suspenso no país, mas não recebeu resposta da agência até a publicação deste texto.

Os anticorpos monoclonais são feitos artificialmente com base em clones de uma única célula que ajudam a neutralizar o vírus. Seu uso é contraindicado em pacientes que necessitem de ventilação mecânica ou de menores de 12 anos.

Como os anticorpos monoclonais foram produzidos a partir de variantes antigas do vírus, que não estão mais em circulação, a sua efetividade contra as novas cepas tende a cair. No caso da ômicron, com as mutações que vêm sendo acumuladas pelas novas sublinhagens, a capacidade de neutralização acaba sendo impactada diretamente.

Além do Evusheld, outros medicamentos com o mesmo princípio são o Regen-Cov, o primeiro que foi autorizado no Brasil, o coquetel da farmacêutica Eli Lilly (banlanivimabe e etesevimabe), o regdanvimabe, da empresa Celltrion Healthcares, e o sotrovimabe, da GlaxoSmithKline (GSK).

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