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O esclarecimento consta em nota emitida pelas entidades nesta quarta-feira, 17/07

 

Por Comunicação CFF

 

Recentemente, a preocupação sobre a presença de álcool em pães de forma e seu possível impacto nos testes de bafômetro têm gerado discussões entre os consumidores brasileiros. Em resposta a essas preocupações, uma nota informativa foi divulgada pela Sociedade Brasileira de Toxicologia (SBTOX) e o Conselho Federal de Farmácia (CFF) para esclarecer o assunto, com base nas regulamentações vigentes e estudos científicos.

As análises realizadas pela Proteste, organização de defesa do consumidor, indicaram que certas marcas de pão de forma podem conter quantidades detectáveis de álcool, levantando a questão sobre a possível influência desses níveis em testes de bafômetro. Mas, segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Toxicologia (SBTox) e membro do GT de Toxicologia do CFF, Rafael Lanaro, os níveis de álcool encontrados nos pães analisados não são suficientes para resultar em um teste de bafômetro positivo de forma definitiva, nem representam um risco significativo para a saúde pública.

“Estudos de toxicocinética realizados pela SBTox demonstram que os valores detectados seriam eliminados rapidamente pelo organismo, não alcançando concentrações sanguíneas que comprometeriam a capacidade de dirigir tampouco detectados em exames de sangue e de bafômetro com finalidade legal”, explica. Segundo Lanaro, os resultados positivos em testes de bafômetro podem ocorrer quando os motoristas ingerem esses produtos e imediatamente realizam o teste do bafômetro, sendo o resultado positivo obtido de forma temporária devido à presença de álcool residual na cavidade oral, fenômeno que é bem conhecido e monitorado pelas autoridades de trânsito.

“Caso o condutor seja pego no teste do bafômetro por causa da ingestão de pão ou qualquer outro alimento com álcool em sua composição, ele deve estar atento ao procedimento operacional padrão de repetição do teste após 5 a 10 minutos. O segundo resultado confirmará que o motorista está apto a dirigir, não infringindo o Código Nacional de Trânsito”, orienta o também farmacêutico José Roberto Santin, coordenador do GT de Toxicologia do CFF.

As entidades também destacam, na nota, a importância da legislação brasileira, que continua a garantir a segurança alimentar através de regulamentos rigorosos e monitoramento constante. A utilização de aditivos e coadjuvantes de tecnologia em alimentos no Brasil é estritamente regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), com limites claros estabelecidos para garantir a segurança alimentar. “A Anvisa honra seu compromisso em proteger a saúde pública, assegurando que todos os aditivos e coadjuvantes de tecnologia sejam utilizados dentro dos limites estabelecidos para cada categoria de alimento”, comenta Santin.

A SBTOX e o CFF estão disponíveis para esclarecimentos adicionais e orientações sobre segurança alimentar e toxicologia. “Nosso objetivo em relação a este tema é tranquilizar a população quanto à segurança dos produtos alimentícios disponíveis no mercado brasileiro, reforçando a importância da informação baseada em evidências científicas para guiar a discussão pública”, finaliza o farmacêutico.

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