Inteligência Artificial está sendo usada para descobrir e melhorar medicamentos
A Inteligência Artificial (IA) já está sendo usada em diversas indústrias mundo afora, desde classificando músicas para descobrir os melhores hits até literalmente criar obras de arte. E agora a Alphabet, empresa dona do Google, anunciou que vai usar a IA para descobrir novos medicamentos.
O anúncio foi feito pela Isomorphic Laboratories, uma nova companhia da Alphabet que vai usar o DeepMind, outra subsidiária da empresa que já fez um trabalho incrível de mapeamento de estruturas de proteínas humanas utilizando Inteligência Artificial, um verdadeiro avanço para a ciência.
A Isomorphic Labs foi anunciada em novembro de 2021, e foi ter sua equipe de gestão montada só em maio de 2022.
“Estamos reimaginando todo o processo de descoberta de medicamentos desde os primeiros princípios com uma abordagem que prioriza a IA”, diz a empresa em sua página inicial.
Aparentemente, tanto ela quanto a DeepMind continuam seu trabalho autônomo, mesmo com Demis Hassabis agindo como CEO de ambas as empresas.
Com a parceria, a dona do Google tem como foco estudar abundantes dados moleculares usando inteligência artificial. O objetivo é descobrir quais delas podem ser utilizadas no combate de certos alvos biológicos e em alguns casos até modificar compostos específicos para garantir uma maior eficácia.
Utilizando a experiência da DeepMind, a Isomorphic Labs diz que conseguirá mapear o comportamento de certas drogas no corpo humano, e, a partir daí, desenvolver novas fórmulas que agilizem esse processo.
Empresa não vai criar os medicamentos
Aparentemente, a Isomorphic não será responsável por criar os medicamentos. Seu trabalho se resume apenas à pesquisa e análise de dados. Uma vez que uma fórmula tenha sido desenvolvida, o objetivo é criar parcerias com empresas especializadas para a produção e testes.
Esse processo é tido como mais complexo do que a descoberta das estruturas, já que mesmo que duas proteínas se encaixem corretamente, é impossível afirmar se o resultado vai ser o esperado.
Ao mesmo tempo, soluções desenvolvidas de forma teórica, mesmo que a parte química pareça promissora, podem acabar tendo resultados variados durante os testes em animais e humanos, além de levar meses, e até anos, em fase de experimentação prática.
De todos os remédios que conseguem chegar ao estágio clínico de testes, apenas 10% vai ao mercado, enquanto os outros 90% falha devido a algum problema, geralmente no nível molecular. Pelo menos foi o que afirmou o químico Derek Lowe, em um artigo para a Science, no ano passado.
E aí, o que você acha da iniciativa? Comenta aí se você teria coragem de tomar um remédio criado por inteligência artificial!
Fonte Bit Magazine
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