O reajuste de quase 11% nos preços dos medicamentos que o governo federal autorizou e entrou em vigor em abril foi realizado para evitar um desabastecimento nas farmácias, segundo o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), Nelson Mussolini.
Em entrevista à CNN neste sábado (2), ele afirmou que ‘para que não falte medicamentos nas farmácias, continue oferecendo produtos à população, precisamos fazer um reajuste de preços, que de fato eventualmente não entra de imediato, há um tempo de adequação, há estoques, muita concorrência, e a concorrência segura preços’.
Ele diz que ‘não há uma relação direta entre pandemia e o reajuste de preço. De fato, o reajuste é uma recomposição dos nossos custos, 95% do que colocamos de um comprimido, de uma caixinha, é produto que vem de fora do Brasil, importados, e isso traz para nós um custo muito alto’.
‘Por isso, acreditamos que poucos produtos chegarão ao teto. Os que têm menos concorrência terão um impacto um pouco maior’, avalia.
‘No fim do dia, hoje há uma forte influência dos genéricos. A empresa líder de mercado do Brasil tem 6% do mercado, e mais de 95% da linha dela tem uma concorrência muito forte. Se quiser aumentar todos os medicamentos em 11%, certamente perderá mercado’, afirma.
Porém, com esse cenário de reajuste, Mussolini destaca que é ‘extremamente importante’ tomar medidas como pesquisa de preços, procura por descontos ou planos de fidelidade e também conservar com os médicos sobre alternativas mais baratas. O reajuste também só vale para medicamentos com tarja vermelha.
É extremamente importante a pesquisa de preço, olhar o preço, fazer pergunta na farmácia se não tem um desconto, plano de fidelidade, e o reajuste é para produtos com tarja vermelha, prescrito pelo profissional de saúde, então converse com seu médico.
Há também programas como o ‘Aqui Tem Farmácia Popular’, que oferecer medicamentos gratuitamente para diabetes, hipertensão arterial e asma. ‘Medicamentos de alto custo na sua grande maioria são comprados pelo governo, e esse aumento não impacta a compra, que tem redutores e pressão muito grande do governo. Temos falhas? Sem dúvida nenhuma, mas o sistema de saúde brasileiro é referência mundial’.
Fonte: Notícias do Brasil
Comentários
...como assim, 95%? Será que não foi publicado com distorção? O Nelson sabe o quanto representa o IFA importado em um comprimido. Não chega a 95% nunca.
"Ele diz que ‘não há uma relação direta entre pandemia e o reajuste de preço. De fato, o reajuste é uma recomposição dos nossos custos, 95% do que colocamos de um comprimido, de uma caixinha, é produto que vem de fora do Brasil, importados, e isso traz para nós um custo muito alto’."